Após quase três meses de interdição, o Hospital Metropolitano de Sarandi retoma suas atividades na próxima segunda-feira (27). O anúncio foi feito pelo secretário estadual de saúde, Beto Preto, durante uma visita técnica ao local nesta quarta-feira (22). A retomada será gradativa, começando com os atendimentos ambulatoriais e de imagem. O Hospital Metropolitano de Sarandi volta a operar após quase três meses de interdição.
O hospital, localizado no norte do Paraná, havia sido interditado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no dia 31 de outubro de 2024, devido ao risco de infecção hospitalar. Dois dias antes, a Justiça também havia determinado um interventor para assumir a gestão do local, por indícios de má gestão de verba pública. Todas as atividades foram suspensas, e os pacientes foram transferidos para outras unidades de saúde.
A reabertura do Hospital Metropolitano será realizada de forma gradual, conforme informou o secretário Beto Preto. A expectativa é que até o final de janeiro e início de fevereiro sejam reabertos dez leitos de UTI e quarenta leitos de enfermaria. Para o final de fevereiro, prevê-se mais quinze leitos de enfermaria e dez de UTI. Já no mês de março, o centro cirúrgico deve ser reaberto.
Com cerca de 500 funcionários, o hospital retomará aproximadamente 600 atendimentos por dia. O interventor Rogério Kuntz afirmou que o governo estadual tem repassado cerca de R$ 3 milhões mensais ao hospital e que os salários atrasados dos funcionários já foram pagos, além das questões sanitárias resolvidas. O Hospital Metropolitano atende mais de 115 municípios da região e precisou transferir parte dos atendimentos enquanto estava interditado.
A retomada das atividades do hospital atrasou devido a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) não cumprido com o Corpo de Bombeiros, levando ao pagamento de multa e elaboração de um novo TAC. A diretora da 15ª Regional de Saúde de Maringá, Elisabete Kobayashi, explicou que a situação exigiu tempo para regularização. O Hospital Metropolitano enfrentou dificuldades financeiras em 2024 e passou por uma intervenção do governo estadual.
A interdição do Hospital Metropolitano foi determinada pela juíza Ketbi Astir José, da Vara de Fazenda Pública de Sarandi, atendendo a um pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR) em uma ação civil pública. A investigação revelou irregularidades na aplicação de recursos públicos e na prestação de serviços médicos. Com a nomeação de um interventor, o governo estadual assumiu a gestão da instituição. Em fevereiro de 2024, a situação financeira precária do hospital gerou a transferência de pacientes e atraso nos salários dos funcionários.
Diante das dívidas acumuladas e da má gestão, o Hospital Metropolitano de Sarandi enfrentou uma série de desafios. A retomada das atividades representa um novo capítulo na história da instituição de saúde, com a expectativa de atender a região norte e noroeste do Paraná com qualidade e segurança. A comunidade local aguarda ansiosamente pela reabertura do hospital e pela retomada dos serviços essenciais para a população. A saúde pública da região ganha um importante aliado com o retorno das operações no Hospital Metropolitano de Sarandi.
