O primeiro e único hospital dedicado aos cuidados paliativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) completou seis meses de atividade na terça-feira (1º), em Salvador, com um histórico de mais de 700 pacientes atendidos.
Conhecida como “hospital das despedidas”, a unidade de saúde fica em um casarão do século 19, no bairro Monte Serrat, na região da Cidade Baixa. No local, antes funcionava o Hospital Couto Maia – especializado em doenças infectocontagiosas.
Em 2019, o imóvel chegou a ser ocupado por famílias e movimentos sociais, mas acabou reintegrado e ganhou novo sentido desde janeiro deste ano, com a inauguração do Hospital Mont Serrat.
Atualmente, a estrutura oferece 70 leitos clínicos de enfermaria, sendo 7 pediátricas e 63 para adultos. Destes, 57 seguem ocupados.
Construída a partir de uma parceria entre os governos da Bahia e Federal, a unidade integra os investimentos da Política Nacional de Cuidados Paliativos, implementada pelo Ministério da Saúde no ano passado.
São 344 colaboradores e 86 médicos, o que permite o atendimento de mais de 2 mil pacientes por mês, em diversas especialidades. Confira as áreas de cobertura: cardiologia, anestesia, infectologia, nefrologia, neurologia, psiquiatria, pneumologia, gastroenterologia, nutrologia, pneumologia, unidades específicas para terapia da dor e apoio ao luto.
As pessoas atendidas no local moram em Salvador e Região Metropolitana (RMS) e são encaminhadas, via Central Estadual de Regulação, de hospitais e unidades de pronto atendimento. Trata-se de pacientes que buscam melhorar a qualidade de vida e atenuar sintomas de doenças graves ou que não têm cura. Entre os grupos que podem ser acolhidos no hospital estão: pacientes em cuidados paliativos de fim de vida, idosos com quadros de demência grave, portadores de sequelas neurológicas severas, pacientes com doenças oncológicas avançadas.
Segundo as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), entidade que administra a instituição de saúde, eles costumam ficar, em média, 10 dias na unidade. Lá, além de poder contar com a companhia dos familiares durante o atendimento, essas pessoas encontram infraestrutura como ambulatórios, serviços de bioimagem, laboratório, telemedicina, além de suporte de ensino e pesquisa para capacitação dos profissionais internos e externos das unidades de saúde.