Hospital Municipal de Bela Vista é aberto para a população

Nesta segunda-feira, 09, o Hospital Municipal Antônio Batista da Silva, em Bela Vista, foi aberto para a população. A construção e equipamentos custaram R$ 10 milhões aos cofres públicos, sendo metade pago com recursos próprios do município.  A unidade, desenvolvida na gestão da prefeita Nárcia Kelly Alves da Silva, é dividida de duas formas: um espaço para atendimento geral e outro para atendimentos voltados à saúde da mulher (Clínica da Saúde da Mulher Etelvina Rosa de Jesus ). Ao todo são cerca de 3 mil m² e capacidade para 52 leitos. Sobre esse assunto, o secretário de Saúde do município de Bela Vista, Gilberto Rossi Júnior, conversou com a nossa redação e esclareceu algumas dúvidas.

Redação: Secretário, agora que conseguiu a liberação, já possui uma data de quando será aberto e quando o público poderá receber atendimento dele?

Gilberto Rossi: O funcionamento ocorrerá hoje, 09, às 19 horas. Os pacientes que estão internados no Hospital e Maternidade Municipal Dr. Jean Saba Matrak serão transferidos para o Hospital Municipal Antônio Batista da Silva. Os atendimentos, aqui na portaria, serão iniciados no novo hospital. O antigo hospital contava com 20 leitos, hoje o novo hospital conta com 52 leitos.

Redação: Secretário, já tem acesso a quanto foi gasto na obra e como a prefeitura conseguiu esse recurso?Gilberto Rossi: Vale reforçar que essa foi a maior obra feita em Bela Vista com recursos próprios, então é todo um imposto local, municipal, pago pela nossa população, não tem nada estadual ou federal, foram economias feitas durante os anos da gestão da prefeita Nárcia Kelly Alves da Silva, e que hoje se concretizou e entra em funcionamento. Em relação aos recursos, nós tínhamos a promessa de receber 3 milhões do Goiás na Frente, referente a venda da Celg, o que não aconteceu, nós conseguimos apenas um milhão. Tivemos que arcar com quatro milhões de recursos próprios, 1 milhão do Goiás na Frente, 5 milhões para equipamentos vindo de emendas parlamentares. Então ao total foi dez milhões de reais.

Redação: Quais os profissionais que atendem no local e já é possível calcular quantas pessoas serão atendidas por dia?

Gilberto Rossi: O hospital é uma unidade urgencia, emergencia e maternidade. Nós temos clínicos gerais, obstetra, mas pela capacidade do hospital em questão de leitos, do centro cirúrgico, que pode funcionar 24 horas, abriremos para cirurgia gerais. Estamos fazendo parcerias para trazer muitos especialistas. Vamos funcionar 24 horas o centro cirúrgico, que já funcionava o hospital antigo. Na clínica da saúde da mulher teremos todo tipo de especialidade voltada à mulher, enfermeiro obstetra, nutricionista, exames, tudo num local reservado para ela. A gente atende uma média de 250 pacientes por dia, com o Covid, não possui este número exato. A estimativa ainda não temos, por ser um hospital novo e moderno, atrai muitos pacientes de outras cidades, é uma estimativa muito alta de paciente de outros locais.

Redação: Secretário, como profissional da saúde e da administração da prefeitura, qual a imensidão desta obra publica?

Gilberto Rossi: Vou responder de forma pessoal e profissional. Primeiramente de forma pessoal: esse para mim é o primeiro hospital municipal de Bela Vista, já que antes a estrutura que tínhamos era para ser uma escola com outros fins, que acabaram se tornando um hospital. Nós tínhamos um serviço de muita qualidade, porém não tínhamos estrutura, então minha família, colegas, amigos e população sofriam com a falta disso. Era antiga, quente e os servidores não tinham ambiente para descanso, para trabalhar melhor e de forma mais confortável. De forma profissional, quando recebi o convite da prefeita para trabalhar na Saúde, e me tornar diretor administrativo do Hospital e Maternidade Municipal Dr. Jean Saba Matrak, passei muita dor de cabeça com manutenções diversas na unidade: quando chovia o local alagava, a fiação que era muito fina não comportava os equipamentos, além dos leitos insuficientes. Então, não apenas a população, mas também meus colegas servidores se beneficiaram nesse novo local. No antigo hospital, eles não tinham como tomarem banho e nem local para descanso. Hoje, eles tem onde tomar banho, guardar suas coisas e um local privado. Em especial a classe dos motoristas, que trabalha 24 horas, acabava ficando embaixo de uma árvore ao lado de um supermercado, sendo taxados até de preguiçosos, sendo que ali era o seu local de descanso pois não tinham um lugar propício. Hoje eles têm um local reservado, onde lavam a ambulância, podem tomar banho e descansar. A consequência é que podem realizar uma viagem mais segura, transportar os pacientes enquanto estão descansados e de forma mais confortável. De ambas as formas, pessoal e profissional, posso dizer que eu, minha família e a população de Bela Vista ganhamos e agora temos uma herança para muitos anos. É uma obra visionária.

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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