Próximo do centenário, o Hotel Colombo será leiloado em Araxá. A Prefeitura afirmou que os imóveis, avaliados em aproximadamente R$ 2,7 milhões, têm destinação compatível com os interesses públicos. O lance mínimo será correspondente ao valor de avaliação, seguindo Lei Federal. A Câmara de Araxá aprovou a alienação de áreas do complexo do antigo Hotel Colombo, incluindo um prédio de dois pavimentos e terrenos avaliados em aproximadamente R$ 2,7 milhões. A venda ocorrerá em leilão, com lance mínimo correspondente ao valor de avaliação.
Segundo a Prefeitura, os imóveis não têm destinação compatível com os interesses públicos. O texto aprovado pela Câmara envolve quatro imóveis que serão leiloados separadamente e integram o complexo do antigo hotel. Por ser um bem tombado pelo Estado, o comprador do antigo Hotel Colombo terá que preservar a fachada e as paredes laterais do prédio. O comprador também deverá apresentar um projeto para aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) para realizar intervenções no espaço.
Ainda segundo o projeto de lei enviado ao Executivo, o prédio principal com todas as benfeitorias e anexos, tem um terreno de aproximadamente 3.600 m², está avaliado em R$ 1,2 milhão. Um terreno de 2.400 m² nos fundos é avaliado em R$ 840 mil. Outros dois espaços serão leiloados. Um terreno em frente ao hotel, avaliado em R$ 320 mil e outro terreno na região, avaliado em R$ 245 mil.
O Hotel Colombo, segundo acervo da Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi construído em 1929 e funcionou por 80 anos em Araxá, encerrando as atividades em 2012. O prédio foi desapropriado e vendido por R$ 3 milhões para a Prefeitura, no governo do ex-prefeito Jeová Moreira da Costa. Parte do pagamento foi realizada à época, mas uma dívida de cerca de R$ 1,29 milhão permaneceu em aberto.
A pendência foi contestada judicialmente e, em decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o Município foi condenado a pagar cerca de R$ 2,6 milhões aos antigos proprietários, considerando a atualização dos valores. No total, o hotel custou R$ 4,3 milhões aos cofres públicos. No projeto inicial, o objetivo do executivo com a compra do prédio era abrigar um campus universitário, mas o projeto não foi concretizado. O prédio passou a ser chamado de Instituto Colombo e abrigou temporariamente o gabinete do prefeito e secretarias entre 2012 e 2013. Um incêndio em novembro de 2015, contudo, danificou o prédio, que permanece abandonado desde então.