Hudson, ex-São Paulo e Cruzeiro, vira gestor após passagem pelo Criciúma: entrevista exclusiva com o ex-volante

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Ex-São Paulo e Cruzeiro, Hudson vira dono de escolinha, se capacita e dá primeiros passos como gestor

Ex-volante começou a estudar quando se aposentou no Fluminense e comprou franquia da PSG Academy. Após bom trabalho no Criciúma, profissional inicia ciclo de reestruturação no Sport

DE bate um papo especial com Hudson, o “antenado” e cheio de fãs volante do Cruzeiro [https://s03.video.glbimg.com/x240/6178170.jpg]

DE bate um papo especial com Hudson, o “antenado” e cheio de fãs volante do Cruzeiro

“O que eu vou fazer quando me aposentar?”. Esta é a pergunta que muitos jogadores se fazem quando a hora de pendurar as chuteiras se aproxima. Alguns migram para o Jornalismo e viram comentaristas. Outros seguem a carreira de treinador. Muitos passam a usufruir do dinheiro que economizaram durante a carreira e tantos outros passam por dificuldades por terem gastado tudo.

Campeão da Copa do Brasil pelo Cruzeiro e com passagens por São Paulo e Fluminense, o ex-volante Hudson Santos optou por outro caminho: voltar à sala de aula.

Desde que se aposentou no Tricolor Carioca em 2022, o ex-atleta começou a se capacitar, fez vários cursos, investiu, se tornou dono de uma escolinha do PSG em Minas Gerais e dá os primeiros passos na carreira como gestor.

Após um trabalho que quase conduziu o Criciúma à elite do Brasileirão, o profissional acabou de assinar contrato com o Sport para ser gerente de futebol e tentar reestruturar o projeto do time pernambucano e levá-lo de volta à Série A depois do rebaixamento em 2025.

Em meio a apostilas, viagens, planilhas e contatos, o ex-jogador de 37 anos admite sentir falta de estar em campo, mas afirma que estar fora dele também é prazeroso.

“A cada ano que passar, a cada projeto que eu assumir, vou me tornar um cara mais capacitado. Mas este processo aconteceu de forma saudável e correta, sem pressa. E hoje me sinto muito pronto, apesar da necessidade de seguir aprendendo.”

Hudson sabia que os cursos que fez nacional e internacionalmente eram indispensáveis para que ele conseguisse iniciar uma carreira de gestão no futebol e que só o nome dele não bastaria para abrir portas. Porém, conciliar o conhecimento acadêmico e a prática também era fundamental.

Paralelamente aos estudos, ele decidiu empreender e aliar o útil ao agradável. O ex-jogador investiu em uma franquia da PSG Academy, uma escolinha global do clube francês em Juiz de Fora, cidade natal de Hudson, em Minas Gerais.

Com dois espaços para atividades e treinos e um terceiro em construção, o projeto conta com mais de 400 alunos e 20 professores e oportuniza atletas entre 5 a 17 anos a disputarem campeonatos nacionais e internacionais com outros núcleos do PSG Academy.

De acordo com ele, comandar uma franquia do PSG, seguir as diretrizes do clube francês e ter a responsabilidade e a experiência de lidar com crianças, adolescentes, pais e profissionais do esporte seria algo imprescindível para complementar a formação dele como profissional do futebol.

Hudson chega ao Sport credenciado pelo que fez em Santa Catarina. De novo ao lado de Ítalo Rodrigues, com quem trabalhou no Criciúma, o ex-volante vai tentar reestruturar o futebol do Sport, assim como fez no Sul do país.

Apesar da frustração no Criciúma, Hudson considera que o trabalho foi um sucesso e uma grande experiência inicial na carreira dele.

Hudson começou o trabalho no Sport no dia 23 de dezembro, mas as conversas estão frenéticas com todos os setores do clube, que contratou o técnico Roger Silva. O novo gerente de futebol entende que o trabalho será árduo no começo, momento em que a diretoria vai precisar fazer ajustes financeiros. Porém, ele demonstra confiança de que em um segundo momento, com a casa em ordem, os resultados apareçam em campo.

Hudson surgiu no futebol após se destacar por clubes do interior paulista. Sem chances no Tupi, de Juiz de Fora, onde fez a base, ele atuou por RB Brasil, Oeste, onde foi campeão da Série C do Brasileiro, e Botafogo-SP. Depois, o jogador vestiu camisas pesadas do futebol brasileiro, defendendo as cores do São Paulo, do Cruzeiro, onde foi campeão da Copa do Brasil em 2017, e do Fluminense, local onde encerrou a carreira, aos 34 anos.

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