Hugo conquista prêmio internacional por tratamento de AVC

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia, recebeu, na última quinta-feira, 27, a certificação internacional Angels Award, na categoria Platinum, pelo atendimento de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segunda maior causa de morte no mundo por doença e primeira causa de sequela neurológica irreversível em adulto.

O selo é conferido pela World Stroke Organization e Sociedade Ibero-americana de Enfermidades Cerebrovasculares e confirma a evolução da unidade do Governo de Goiás na qualificação do serviço de saúde.

AVC TRATAMENTO

O titular da Secretaria da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, lembra que, desde 2021, a pasta esteve à frente da organização dos fluxos assistenciais com neurologistas para estruturar o Projeto Angels, o que resultou em atuação de excelência.

Com o projeto houve redução do tempo de atendimento e de tratamento dos pacientes que chegam à unidade com suspeita de AVC. O primeiro socorro para evitar mortes e sequelas é fundamental. A cada minuto, quase 2 milhões de neurônios são perdidos no cérebro de um paciente nessa situação.

Com a implantação do Projeto Angels, em março de 2022, a emergência do Hugo passou a contar com a presença de neurologista 24 horas por dia, 7 dias da semana. Desde então, a unidade realizou 212 trombólises, processo pelo qual se dissolve um trombo formado na corrente sanguínea.

Com a introdução do Código AVC, o atendimento médio do paciente que chega à unidade com suspeita da doença passou a ser de 10 minutos, enquanto no país é de 25 minutos.

“Essa certificação vem reforçar a importância e a qualidade que nós temos na unidade estadual. A ideia é que possamos ampliar esse serviço para telemedicina, para que esses neurologistas possam orientar os hospitais do interior e melhorar cada vez mais o tempo de atendimento desses pacientes dentro do próprio Hugo”, diz a superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde (Spais/SES-GO), Paula dos Santos Pereira.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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