O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), esclareceu sua decisão de indicar Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do Marco Legal da Segurança, projeto baseado no PL Antifacção. Em entrevista exclusiva à CNN, Hugo explicou que a escolha foi baseada em critérios técnicos, visando a experiência prática do deputado no combate ao crime organizado.
A indicação gerou questionamentos sobre possíveis atritos com o presidente Lula (PT), tema que Hugo abordou ao revelar uma conversa telefônica recente com ele. “Disse ao presidente que o trabalho seria eminentemente técnico e o deputado Derrite tem feito isso, não tem politizado o tema, apesar de estar sendo alvo de agressões e de ataques, principalmente por integrantes de partidos da base aliada do governo”, afirmou.
Hugo esclareceu que mantém uma relação de respeito com o presidente Lula e que foi assim desde o início para garantir uma convivência harmoniosa entre a Câmara e o Executivo. “É uma relação de respeito”, afirmou.
O presidente da Câmara destacou que mantém uma postura de diálogo e cooperação em pautas importantes para o país. Citou como exemplos a aprovação de matérias relacionadas ao Imposto de Renda e medidas fiscais relevantes para o ano, mantendo constante comunicação com a equipe econômica.
Hugo ressaltou seu papel como presidente da Câmara e a importância da independência do Legislativo: “Essa é uma responsabilidade que eu carrego e a construção do dia a dia da casa é eu que tenho que fazer, não é quem está num outro poder que vai fazer o meu papel”.




