Motta diz que não é frouxo e desanca deputados após confusão. Vídeo
Deputados lulistas e bolsonaristas travaram um embate sobre denúncia contra o
ex-presidente Jair Bolsonaro
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu uma
reprimenda pública nos deputados federais após confusão no Plenário, nesta
quarta-feira (19/2). Parlamentares governistas e de oposição travaram um embate ao discutir a
denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair
Bolsonaro.
“Eu quero dizer às vossas excelências que se vossas excelências estão
confundindo esse presidente como uma pessoas, paciente, serena, como um
presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem”, disparou Motta. “Ou esse
plenário se dignifica de estar aqui representando o povo brasileiro ou não
merecemos estar aqui”.
Diante da gritaria registrada no plenário entre governistas e oposição, Motta
afirmou que o Plenário da Câmara não é “jardim de infância”. “Eu não aceitarei
esse tipo de comportamento”, bradou.
Motta ainda anunciou que não permitirá a entrada de parlamentares sem gravata ou
de camiseta, a fim de que a Casa “crumpra o ritual. “Essa será uma máxima: o
parlamentar que aqui estiver fora daquilo que o nosso regimento rege nós não
permitiremos que permaneça em plenário”, disse.
A sessão foi suspensa mais de uma vez diante da confusão entre os parlamentares
no momento em que o vice-líder do governo no Congresso, Lindbergh Farias (PT), falava na
tribuna. Em diversos momentos, deputados da oposição interromperam a fala dele.
DENÚNCIA DA PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite dessa terça-feira
(18/2), denúncia contra Bolsonaro pelos crimes de liderança de organização
criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de
Direito e golpe de Estado. Ainda é imputado ao ex-presidente o crime de dano
qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com
considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerou que o ex-presidente da
República seria o líder de organização criminosa que atuou para planejar golpe
de Estado que o manteria no poder mesmo após derrota para Lula (PT) nas eleições
de 2022.