Hugo Motta decide não levar caso Ramagem ao plenário da Câmara; Mesa Diretora irá decidir

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), optou por não levar ao plenário o pedido de perda do mandato de Alexandre Ramagem (PL-RJ), bolsonarista condenado pelo STF por sua participação em um plano golpista. De acordo com lideranças próximas a Motta, ele determinou que a cassação do mandato de Ramagem será decidida pela Mesa Diretora da Casa, seguindo a decisão do Supremo em relação à situação da ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP). Com essa decisão, Motta pretende reduzir as tensões com o STF, que aumentaram recentemente devido aos casos Zambelli e à operação da Polícia Federal contra uma ex-assessora de Arthur Lira (PP-AL). A previsão é que nos próximos dias a Mesa Diretora da Câmara delibere tanto sobre a cassação de Ramagem quanto de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já acumulou faltas em sessões suficientes para perder o mandato. Atualmente, Ramagem encontra-se nos Estados Unidos, tendo fugido da condenação judicial relacionada ao plano golpista. Após se estabelecer em Miami temporariamente, ele se mudou para uma residência em Orlando. A decisão de Motta de não submeter o caso de Ramagem ao plenário pegou de surpresa membros do PL, partido do bolsonarista. O líder da sigla na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou não ter sido informado sobre a decisão. Embora não tenha sido discutido o assunto Ramagem durante a conversa que teve com Motta, Sóstenes disse não se surpreender com a atitude do presidente da Câmara. Ele destacou que era algo que Motta seria capaz de fazer.

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