Aliados de Hugo Motta (Republicanos-PB) preveem que o atual presidente da Câmara vai mudar sua postura em 2026 e fazer mais acenos ao governo Lula do que fez em 2025, quando assumiu o comando da Casa. O principal motivo seriam as eleições de outubro. Motta pretende se reeleger como deputado e emplacar seu pai, Nabor Wanderley, como senador pela Paraíba, estado em que Lula costuma ter boa votação. Motta e o pai são da base do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que apoiará Lula ao Senado. Outro fator que pode levar Motta a se aproximar do governo é o gesto de Lula ao nomear Gustavo Feliciano, aliado do presidente da Câmara, como ministro do Turismo. Pesquisas favoráveis a Lula e a possível divisão da centro-direita com a candidatura de Flávio Bolsonaro são outros motivos que impulsionam Motta a adotar uma postura mais alinhada ao governo em 2026. A expectativa é de que Motta retome os trabalhos da Câmara em fevereiro do próximo ano com importantes gestos ao governo Lula, como votar o PL Antifacção com o texto do Senado, que agrada ao Planalto, e a PEC da Segurança, uma das apostas de Lula para as eleições presidenciais.




