O presidente da Câmara, Hugo Motta, agiu de forma indefensável ao tentar evitar o registro da cena em que policiais legislativos retiraram à força o deputado Glauber Braga da cadeira da presidência. Em abril de 2024, Glauber foi expulso por ter agredido um militante nas dependências do Congresso, atitude repudiável para um congressista. Após o parecer do Conselho de Ética pela cassação de seu mandato, Glauber foi suspenso por seis meses. Motta demonstrou incoerência ao reagir de forma desproporcional.
Em ocasião anterior, Motta permitiu que aliados de Jair Bolsonaro ocupassem a cadeira da presidência sem acionar a Polícia Legislativa. O presidente da Câmara enviou denúncias à Corregedoria Parlamentar contra três deputados, sem efetivar punições. O tratamento dispensado aos processos de cassação de Carla Zambelli e Alexandre Ramagem, foragidos da Justiça, foi igualmente questionável pela demora. Eduardo Bolsonaro, ausente da Câmara desde março, não sofreu sanções devido às suas ações questionáveis.
A tentativa autoritária de Motta de censurar a imprensa foi repudiada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, Associação Nacional de Jornais e Associação Nacional de Editores de Revistas. A sociedade exige a apuração de responsabilidades e o repúdio firme à censura. É essencial preservar os princípios constitucionais e garantir a liberdade de imprensa. Motta deve refletir sobre suas ações e respeitar a democracia e a transparência na Câmara dos Deputados.




