Hugo realiza primeira captação de coração sob gestão Einstein

O Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), administrado pelo Albert Einstein, marcou um importante milestone nesta sexta-feira, 8, com a primeira captação de um coração para transplante desde que a organização assumiu a gestão. A saída do órgão foi celebrada com uma salva de palmas da equipe do hospital.
 
O coração foi transportado de forma eficiente por uma ambulância do Corpo de Bombeiros até um hangar onde um avião da Forca Aérea Brasileira (FAB) aguardava para levar o órgão e a equipe medica até Brasília, onde o transplante seria realizado. Esta operação complexa envolveu aproximadamente 30 profissionais, incluindo a equipe médico-assistencial do Hugo, o Corpo de Bombeiros e a FAB.
 
Além do coração, a operação também possibilitou a captação de dois rins e do pâncreas, beneficiando quatro pacientes em Goiás e no Distrito Federal. A diretora medica do Hugo, Fabiana Rolla, destacou o empenho das equipes e a raridade do procedimento. “A captação de um coração viável para transplante e rara e desafiadora. Com o apoio da família do doador e o esforço das equipes envolvidas, conseguimos realizar o procedimento com segurança e eficácia,” afirmou.
 
Fabiana Rolla também ressaltou a colaboração das forcas de segurança, como a FAB e o Corpo de Bombeiros, no transporte dos órgãos, e a importância desse ato de generosidade. “A doação de órgãos e um ato de amor e compaixão por parte de uma família que enfrenta um momento de dor profunda, mas que, por meio desse gesto, possibilita salvar varias vidas,” concluiu.
 
O Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), inaugurado em 1991, e o segundo maior hospital de urgência e emergência de Goiás. Além da assistência, o Hugo também e um hospital de ensino, pesquisa e extensão universitária. Sua trajetória se destaca por programas como o de microcirurgia, que realiza procedimentos como reconstituição de órgãos, reparação cirúrgica e reconstrução de membros inferiores, superiores da face e reimplantes.
 
O Hugo foi considerado referencia no atendimento de acidente vascular cerebral (AVC) com o projeto Angels, implantado em 2022 e reconhecido internacionalmente no socorro a vitimas de AVC isquemico. O protocolo reduziu em mais de 86% as sequelas de pacientes e em quase 90% o índice de óbitos de vitimas de AVC. O hospital possui 387 leitos para internação um centro cirúrgico com 10 salas. Sob a gestão do Einstein, o hospital continua realizando atendimento de serviços ambulatoriais e hospitalares 100% regulados para pacientes do SUS.

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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