Hugol alerta para cuidados com as crianças nas férias escolares

O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) alerta para os cuidados com as crianças no período de férias escolares. Durante o mês de julho, a atenção com as crianças em casa deve ser redobrada para evitar afogamentos, queimaduras e outros acidentes domésticos. A coordenadora médica da UTI de Trauma Pediátrico do Hugol, Teresa Cristina Godinho, alerta principalmente para os casos de afogamentos no período de férias escolares, seja em casa ou até mesmo em festas com familiares e amigos.

“A crianças não podem ficar sozinhas, sem a supervisão de um adulto. O sugerido é que se nomeie o adulto que ficará responsável por ela. Caso esse adulto tenha que se ausentar, como ir ao banheiro, por exemplo, ele deve nomear outro adulto para cuidar da criança. A maioria dos acidentes ocorre porque um adulto acha que o outro está olhando e vice-versa”, explica.

A médica alerta ainda para as formas de prevenir afogamentos, como o uso de boias e coletes adequadas para tamanho e idade da criança. Vale lembrar que as boias devem ser usadas até em lugares rasos. “Há casos de crianças que se afogam até em baldes utilizados para limpar a casa, por isso todo cuidado é pouco para se prevenir acidentes”, afirma Teresa.

“Infelizmente, o afogamento é uma das principais causas de morte acidental entre crianças. As consequências de um afogamento podem variar de acordo com a gravidade do incidente e o tempo que a criança ficou submersa. Em casos leves, a criança pode apresentar tosse, dificuldade para respirar e ansiedade. No entanto, em casos mais graves, pode ocorrer falta de oxigenação no cérebro, resultando em danos neurológicos permanentes. Isso pode incluir dificuldades de aprendizado, problemas motores e, em casos extremos, um estado de coma”, Ressaltou a médica.

Em 2023, o Hugol atendeu 32 crianças vítimas de afogamentos, sendo 23 delas com menos de 5 anos de idade. Já nos cinco primeiros meses de 2024, a unidade atendeu 17 crianças vítimas de afogamento, número 54,5% maior que o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 11 casos de afogamentos. “A maioria dos casos de afogamentos infantis são registrados em crianças de 0 a 4 anos, daí a importância do alerta aos pais e responsáveis. Afinal, grande parte dos afogamentos deixam sequelas, muitas delas irreversíveis”, finalizou.

Histórias de superação

O Hugol possui uma equipe especializada no atendimento pediátrico de urgência e emergência e muitas histórias acontecem diariamente nos corredores da unidade. Uma dessas histórias é a do Lucas Davi Souza Ferreira, de 1 ano e 9 meses. Ele ficou internado no Hugol durante quatro meses após se afogar na piscina de sua casa.

Os pais passaram por momentos desesperadores ao verem o filho desacordado na piscina. O Lucas Davi ficou muito grave na UTI Pediátrica da unidade, mas felizmente recebeu alta no último mês de junho. “Foi um afogamento muito grave, mas graças à Deus o socorro veio muito rápido, o helicóptero chegou em seis minutos e ele veio para o Hugol, onde recebeu o melhor tratamento que ele poderia ter recebido”, disse Cleber Souza, pai do Lucas Davi.

Os pais contam que foi tudo muito rápido, um momento de descuido e o filho se afogou. “O sentimento é de gratidão aos profissionais que salvaram meu filho. Os exames feitos ao longo desses quatro meses foram muito desanimadores, ele iria ficar com sequelas graves, tanto para andar, quanto para falar, mas agora meu filho está bem. Nós não temos palavras para descrever o sentimento de voltar para casa com nosso filho vivo e com saúde”, finalizou Luzicleide Ferreira, mãe do Lucas Davi.

A conscientização sobre os perigos do afogamento e a adoção de medidas preventivas são essenciais para garantir a segurança das crianças durante as férias. Em caso de acidentes domésticos que necessitem de um socorro urgente, a orientação é ligar imediatamente no 193 para acionar o Corpo de Bombeiros.

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CCJ do Senado aprova custeio de habilitação para pessoa de baixa renda

Avançou, no Senado, o Projeto de Lei (PL) 3.965/2021, que, quando sancionado, possibilitará o uso de valores arrecadados por meio de multas de trânsito para custear a carteira de habilitação de pessoas de baixa renda, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.

A proposta foi aprovada nesta quarta-feira, 18, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e segue a plenário. Como a matéria sofreu alterações durante a tramitação no Senado, retornará à casa de origem (Câmara dos Deputados) após sua aprovação.

Entre as mudanças está a exigência de exame toxicológico para a renovação da habilitação de todas categorias de motoristas profissionais – inclusive aqueles que trabalham em empresas de transporte individual.

Peculato qualificado

Outra matéria aprovada pela CCJ é a que prevê aumento de pena para os crimes de peculato qualificado, quando há desvio de recursos nas áreas de saúde, educação ou seguridade.

Atualmente, a pena é de dois a 12 anos de prisão. O PL 1.038/24 prevê reclusão de quatro a 16 anos, além de aplicação de multa.

A mesma pena será aplicada nas situações de crime de responsabilidade, se praticado por prefeitos.

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