Hugol desmistifica doação de órgãos para reduzir taxa de recusa entre familiares

O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) é considerado o maior captador de órgãos e tecidos do estado de Goiás, totalizando 1.124 órgãos captados desde sua inauguração, em julho de 2015.

De janeiro a agosto de 2024, a unidade captou 103 órgãos e tecidos, sendo 42 rins, 5 fígados e 56 córneas.

Apesar do número expressivo, a taxa de recusa entre os familiares que passam pela unidade ainda é alta. De janeiro a agosto deste ano a taxa de recuso foi de 60,6%.

De acordo com Suzana Xavier, Supervisora da Organização de Procura de Órgãos (OPO/Hugol), o número de órgãos captados demonstra o fortalecimento das ações e o comprometimento dos profissionais do Hugol em promover o diálogo sobre o assunto, entretanto é um trabalho desafiador.

“O maior desafio hoje é conscientizar as famílias sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, bem como desmistificar o processo de doação e captação. Por isso, uma equipe focada no acolhimento e esclarecimento de todas as etapas do processo é essencial”, explicou.

Os órgãos captados no Hugol vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes do Estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), coordenado pelo Ministério da Saúde.

Segundo dados do 1º semestre de 2024, há cerca de 2.100 pessoas aguardando transplante em Goiás. Já no Brasil, o número é de 65 mil pessoas na fila.

COMO FUNCIONA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS?

No Brasil, a doação de órgão só acontece após o consentimento da família, por isso é essencial que a pessoa converse sobre isso com os familiares e expresse seu desejo de ser um doador. Os pacientes aptos a doar são aqueles com diagnóstico por morte encefálica, ou seja, vítimas de dano cerebral irreversível.

Podem ser doados os seguintes órgãos: coração, pulmões, fígado, intestino, pâncreas e rins. Além dos seguintes tecidos: córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas. O procedimento é realizado no centro cirúrgico da unidade e não viola o corpo do doador, podendo este ser velado normalmente.

Vale lembrar que o Hugol segue um rigoroso protocolo de segurança para diagnóstico e confirmação de morte encefálica, o que possibilita à equipe médica e multidisciplinar uma conversa imediata sobre a doação de órgãos. A unidade conta ainda com uma equipe especializada no atendimento aos familiares, entretanto a recusa ainda é alta.

“Um único doador pode salvar até 8 vidas. Atualmente, temos uma grande fila de pessoas esperando por um transplante para sobreviver. Por isso, deixo aqui um incentivo para que você converse com sua família sobre ser um doador e salve vidas”, finalizou Suzana.

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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