HUGOL esclarece a situação de maus-tratos infantil

A gravidade da situação é mais complexa do que as estatísticas gerais apresentam, pois, em muitos casos, a agressão é um fato velado, envolvendo fatores socioculturais, praticada dentro do próprio lar e encoberta por familiares.
 Os maus-tratos à criança podem ser considerados uma das mais preocupantes mazelas da sociedade moderna. O HUGOL – Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira, unidade da SES – Governo de Goiás, recebeu, entre julho de 2015 e dezembro de 2017, 9,6 mil crianças de 0 a 12 anos, vítimas de traumas de média e alta complexidade, parte deles resultantes de violência. É necessário entender como essas situações de agressão podem ocorrer e suas ramificações, a fim de detectá-las e prevenir consequências graves.
 A violência infantil atinge todas as camadas sociais e, embora esteja mais evidente nas classes mais humildes, é um problema intrínseco em toda a população. De acordo com o supervisor médico da Pediatria do HUGOL, Elísio de Castro, um ato de agressão, nesse caso, pode ser definido como “qualquer ação ou omissão, realizada pelo indivíduo ou grupo, que ocasione dano emocional, físico ou moral”.
 O hospital, sendo referência em traumatologia pediátrica, recebe casos envolvendo abuso físico, como espancamento ou ataque sexual, que normalmente vêm acompanhados de um trauma psicológico. Entretanto, além de formas explícitas, existe um tipo de agressão muito mais frequente, como explica Roberta Debesaitis, enfermeira do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar da unidade: “A negligência é a forma mais habitual de violência na infância, chegando a impressionar pela recorrência. Menores que sofrem traumas frequentes em acidentes de trânsito, pelo fato de os pais não possuírem a cadeirinha no automóvel, são um exemplo”.
 A gravidade da situação é mais complexa do que as estatísticas gerais apresentam, pois, em muitos casos, a agressão é um fato velado, envolvendo fatores socioculturais, praticada dentro do próprio lar e encoberta por familiares. “A quantidade e a magnitude dos abusos é preocupante. Em muitos casos, eles são aplicados como método de educação, pois os praticantes do ato, que também sofreram agressão a vida inteira, já internalizaram a ação como algo normal”, explicou o pediatra.
 O HUGOL segue uma triagem rigorosa para determinar se o paciente sofreu algum caso de agressão infantil, que já começa no atendimento inicial. Caso haja uma suspeita de agressão, esse colaborador realiza uma sondagem mais profunda, chegando a comparar os fatos relatados pela família com as sequelas do paciente. Nos casos de suspeita ou confirmação de que houve uma agressão de qualquer tipo, ou negligência, o serviço social da unidade é acionado e realiza também uma investigação minuciosa de todo o cenário. Diante da suspeita ou da confirmação de violência, o conselho tutelar é notificado e, nos casos mais extremos, a Delegacia de Polícia da Criança e Adolescente – DPCA também é acionada.
 É de suma importância que o profissional da área de saúde esteja preparado para reconhecer o cenário de maus-tratos já no primeiro atendimento e que haja o esforço conjunto de uma equipe multidisciplinar para se identificar a real extensão do problema. A responsabilidade deve ser compartilhada, sendo necessária a conscientização de toda a sociedade. Qualquer pessoa, até mesmo a vítima, pode realizar uma notificação diretamente à polícia, ao conselho tutelar ou por meio do Disque 100, um serviço de denúncia e proteção contra violações de direitos humanos, funcionando 24 horas, todos os dias. Somente se as autoridades responsáveis forem notificadas será possível conceder um acompanhamento mais apropriado à criança e sua família.

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Natal do Bem amplia acesso com nova entrada pela BR-153

O acesso via BR-153 é novidade na edição do Natal do Bem 2024, em Goiânia. Este ano, o evento conta com seis áreas de estacionamento, sendo duas próximo à rodovia federal. Ao todo, são 12 mil vagas rotativas e gratuitas disponíveis para os visitantes.

Para chegar ao Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) pela BR-153, é necessário seguir pela marginal no primeiro ponto de acesso – próximo à Universidade Paulista (Unip), virar à direita na Rua Recife/Araxá, fazer o retorno, virar à direita na Alameda Barbacena e, por fim, virar à esquerda na Rua 106.

Para quem preferir outro percurso, pode fazer o trajeto pela GO-020, virar à direita na Avenida Doutor José Hermano e seguir até os pontos de estacionamentos próximos ao CCON. Há equipes técnicas em todos os locais para orientar os visitantes.

Em todos os acessos (vias BR-153 e GO-020), há também pontos de embarque e desembarque para usuários de transporte por aplicativos.

Para os usuários do transporte coletivo, o Natal do Bem conta, este ano, com duas linhas exclusivas e gratuitas: uma com ponto de embarque e desembarque no Deck Sul 1 do Flamboyant Shopping, e outra com ponto em frente ao Museu Zoroastro, na Praça Cívica.

As linhas funcionam de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas. A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) também opera duas linhas regulares que atendem o itinerário até o local do evento: a 990, com parada no Terminal Praça da Bíblia, e a 991, no Terminal Isidória.

O Natal do Bem é uma iniciativa do governo estadual, por meio do Goiás Social e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e conta com entrada, estacionamentos e mais de 300 atrações culturais gratuitas.

O complexo natalino possui mais de 30 mil metros quadrados, quase três milhões de pontos de luz e uma Árvore de Natal de 40 metros de altura. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas visitem o evento, que segue até 5 de janeiro, de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas.

O evento conta com os patrocínios da Saneago, Flamboyant Shopping, Flamboyant Urbanismo, O Boticário, Sicoob, Sistema OCB, Equatorial e Mobi Transporte.

Mapa dos acessos ao Natal do Bem:

 

 

 

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