IA na música: Adele e Charlie Kirk se envolvem em polêmica de homenagem gerada por inteligência artificial

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Um dos exemplos mais recentes dos excessos da inteligência artificial (IA) é a música de Adele em homenagem a Charlie Kirk. A música foi publicada nas plataformas digitais e gerada por meio da IA, mas não tem qualquer relação com a estrela britânica em questão.

A simulação de vozes de famosos é uma prática cada vez mais comum. Já é possível encontrar vídeos de Frank Sinatra cantando Britney Spears e Michael Jackson interpretando Adele. A IA é capaz de imitar as vozes de artistas famosos sem o consentimento dos mesmos, levantando questões éticas sobre o uso dessa tecnologia.

Em um vídeo do YouTube dedicado a Charlie Kirk, o ativista conservador assassinado, vários comentários agradecem a Adele pela “magnífica música”. No entanto, a realidade é que a música em questão foi criada exclusivamente pela IA, e não possui qualquer envolvimento da cantora britânica.

Muitas homenagens e conteúdos falsos são gerados por IA e compartilhados na internet, atraindo a atenção de milhões de internautas. Embora as vozes simuladas não sejam idênticas às dos artistas originais, a IA continua a ser utilizada para gerar conteúdos enganosos.

A polêmica em torno do uso da IA na criação de músicas levanta questionamentos sobre a proteção dos direitos autorais e a utilização ética da tecnologia. O grupo The Velvet Sundown, formado por IA, já conquistou milhares de ouvintes, demonstrando a crescente influência dessa prática.

A legislação em relação ao uso da IA na produção de conteúdo musical ainda é incipiente. A Associação da Indústria Fonográfica dos Estados Unidos processou geradores de música com IA por violação de direitos autorais, mostrando a necessidade de regulamentações mais rigorosas.

Artistas renomados como Katy Perry e Nicki Minaj já manifestaram preocupação em relação à desvalorização de seu trabalho devido ao uso indevido da IA. A proteção da voz e da imagem dos artistas profissionais é essencial para preservar a integridade do ecossistema musical.

Diante desses desafios, é fundamental buscar um equilíbrio entre a inovação proporcionada pela IA e a proteção dos direitos dos criadores. Restrições e regulamentações adequadas podem ser necessárias para garantir o uso ético da tecnologia, evitando que a IA seja usada de maneira prejudicial para artistas e a indústria musical como um todo.

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