IBOPE: Bolsonaro lidera, Marina e Ciro aparecem empatados em segundo lugar

Na primeira pesquisa divulgada pelo IBOPE após a candidatura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) ter sido indeferida pelo TSE, o deputado federal e militar da reserva Jair Bolsonaro (PSL) aparece liderando a corrida ao Palácio do Planalto com 22% das intenções de voto. Ele tem dois pontos porcentuais a mais do que no levantamento anterior, divulgado há duas semanas.

Marina Silva, da Rede Sustentabilidade e Ciro Gomes (PDT) aparecem empatados no segundo lugar da pesquisa. O candidato do PDT subiu de 9% no levantamento anterior para 12% no atual, e empatou numericamente com a acreana, que não se moveu. Geraldo Alckmin (PSDB) passou de 7% para 9%. O tucano é detentor de quase metade do tempo do horário eleitoral gratuito e representante da maior coligação na disputa deste ano.

O petista Fernando Haddad aparece com 6%, dois pontos acima do registrado na rodada anterior. Inscrito como vice de Luís Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo deve assumir em breve o posto de titular da chapa devido à impugnação da candidatura de Lula pelo TSE.

Entre demais candidatos, Álvaro Dias (Podemos) permaneceu com a mesma taxa da pesquisa anterior (3%) e foi alcançado por João Amoêdo (Novo), que saltou de 1% para 3%, e Henrique Meirelles (MDB), que passou de 1% para 2%. Os três agora dividem a sexta colocação, em situação de empate técnico.

Nas simulações de hipotético segundo turno, Bolsonaro perderia para Ciro (44% a 33%), Marina (43% a 33%) e Alckmin (41% a 32%), e empata tecnicamente com Haddad (36% para o ex-prefeito, 37% para o deputado). Jair Bolsonaro lidera também no quesito rejeição: 44% não votariam nele de jeito nenhum. A seguir vêm Marina (26%), Haddad (23%), Alckmin (22%) e Ciro (20%).

As entrevistas da pesquisa começaram a ser feitas no sábado (1°), um dia após o início do horário eleitoral, por isso segundo o IBOPE, ainda não foi possível captar a intensidade do impacto da propaganda dos candidatos no rádio e na TV. Foi possível observar na pesquisa, uma queda expressiva na parcela do eleitorado disposta a votar nulo ou em branco, de 29% para 21%. A taxa de indecisos oscilou dois para baixo em relação ao levantamento anterior, passando de 9% para 7%.

 

 

Gráfico com os cinco presidenciáveis melhores colocados na pesquisa. / Fonte: Pesquisa Ibope, Estadão e TV Globo.

 

O Ibope divulgou ainda os resultados do levantamento segundo os perfis dos entrevistados de acordo com o sexo, região do País, idade, escolaridade e renda. Confira abaixo.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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