Ibope: Haddad cresce três pontos e se aproxima de Bolsonaro que mantém liderança

Nova pesquisa do Ibope Inteligência sobre intenções de voto para a Presidência da República revela que o deputado Jair Bolsonaro (PSL) mantém o primeiro lugar com 28% das preferências, a mesma proporção identificada na pesquisa de 18 de setembro. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) cresceu três pontos percentuais e atingiu 22% das menções.

A pesquisa, encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo, foi feita no último final de semana, dias 22 e 23 de setembro. Foram entrevistadas 2.506 pessoas em 178 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa é registrada no Tribunal Superior Eleitoral, e foi feita sob o protocolo BR‐06630/2018.

Entrevistados que declararam voto em branco ou nulo totalizaram 12% – dois pontos percentuais a menos do que a última pesquisa. Seis por cento dos entrevistados não sabem ou não quiseram responder, queda de um ponto percentual.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) manteve o percentual de intenção de voto de 11%. O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou positivamente um ponto percentual e marcou 8% e a ex-ministra Marina Silva (Rede) oscilou negativamente um ponto percentual e agora foi mencionada por 5% dos eleitores consultados.

João Amoêdo (Novo) tem 3% das intenções de voto. Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) marcaram 2%. Guilherme Boulos (PSOL) foi citado por 1% dos entrevistados. Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lúcia (PSTU), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram, segundo o Ibope.

 

Rejeição

A pesquisa do Ibope também verificou as taxas de rejeição dos candidatos. Aumentou o número de eleitores que declararam que “não votaria de jeito nenhum” em Jair Bolsonaro, de 42% na pesquisa da semana passada para 46% nessa pesquisa. A rejeição de Fernando Haddad oscilou um ponto percentual, e agora é de 30%.

A rejeição da candidata Marina Silva é de 25%, a de Geraldo Alckimin, 20% e de Ciro Gomes, 18%. Henrique Meirelles, Cabo Daciolo, Eymael e Guilherme Boulos têm cada um 11% das rejeições de voto.

Dez por cento dos eleitores não votam em Vera Lúcia. João Amoêdo, Alavaro Dias e João Goulart Filho têm ambos 9% de rejeição. Sete por cento dos entrevistados não quiseram responder em quem não votaria e 2% disseram que poderiam votar em todos.

 

2º turno

Como nas pesquisas anteriores, o Ibope simulou cenários de 2º turno com disputa entre os principais candidatos. Jair Bolsonaro perderia em três eventuais disputas: contra Haddad, Ciro e Alckmin. Contra Marina Silva, o confronto resultaria em empate técnico.

Em confronto com Fernando Haddad, Jair Bolsonaro teria 37% dos votos e o ex-prefeito, 43% (branco ou nulo: 15%; não sabe: 4%). Em disputa com Ciro Gomes, o ex-capitão teria 35% dos votos e o candidato do PDT, 46% Bolsonaro (branco ou nulo: 15%; não sabe: 4%).

Em eventual 2º turno com Alckmin, Bolsonaro teria 36% e o tucano, 41% (branco ou nulo: 20%; não sabe: 4%). Contra Marina, Bolsonaro teria 39% – o mesmo percentual da candidata da Rede. Nesse cenário, os votos em branco ou nulo atingem 19% e 4% declararam que não sabem.

 

Primeira entrevista

Na primeira entrevista após o ataque a faca em Juiz de Fora (MG), Jair Bolsonaro afirmou à Rádio Jovem Pan de São Paulo que terá alta até o próximo dia 31. Segundo ele, está se recuperando e terá condições de gravar vídeos para as redes sociais a partir do dia 1º. Mas avisou que não tem condições de fazer corpo a corpo. “Não posso ir para rua realmente”. O candidato está internado no Hospital Albert Einstein.

Bolsonaro afirmou ainda que está convencido que Adélio Bispo, que o esfaqueou no último dia 6, na cidade mineira, “não agiu sozinho”. Porém, não opinou sobre quem estaria atuando como cúmplice do suspeito. “Não quero que inventem. Quero que apurem.”

Questionado sobre a punição adequada para Adélio Bispo, o candidato afirmou que é favorável que a lei seja cumprida para quem é acusado de tentativa de homicídio, que é a prisão. Ele criticou a progressão de pena e afirmou que em seu eventual governo vai trabalhar para mudar a legislação, reiterou a defesa pela pena de morte.

Informações da Agência Brasil.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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