Ao mesmo tempo, houve alívio em algumas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no relatório Focus divulgado hoje pelo BC. A mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses passou de 4,45% para 4,43%. Para 2025, caiu de 4,85% para 4,83%, ainda acima do teto da meta (4,50%). Já a estimativa para a inflação de 2027 passou de 3,93% para 3,90%. “Pela primeira vez, vimos a projeção da Selic caindo para 2026 – de 12,50% para 12,38% ao ano – e IPCA caindo em 2027, que ‘o horizonte relevante de política monetária, em semana de Super Quarta”, diz Bruna Sene, analista de renda variável da Rico. Para 2025, a projeção para a Selic seguiu em 15% ao ano, estimativa também esperada para a decisão do Copom na quarta-feira. “Petróleo e bolsas nos Estados Unidos e na Europa em alta são fatores positivos ao Ibovespa”, pontua Bruna Sene. “Ainda do lado positivo, o recuo mais forte do IBC-Br acende uma luz quanto ao início de queda da Selic, que pode ser ainda em 2025”, acrescenta a analista da Rico. “Os riscos aumentaram na direção de um corte antecipado ainda em 2025, o que pode ocorrer caso se verifique uma valorização ainda mais expressiva da taxa de câmbio ou uma desaceleração mais acentuada da atividade”, afirmaram também os economistas do Itaú Unibanco chefiados por Mario Mesquita. “Em contrapartida, uma revisão expressiva no hiato do produto pelo Banco Central em direção a uma atividade mais aquecida poderia atenuar os riscos de uma flexibilização antecipada, algo que nos parece menos provável dadas as informações recentes sobre o ritmo de atividade econômica.”