O Ibovespa fechou em alta de 0,55% nessa segunda-feira (27), alcançando sua máxima histórica nominal, atingindo os 146.969 pontos. Enquanto isso, o dólar encerrou o dia em queda de 0,42%, sendo cotado a R$ 5,369. Analistas apontam que a sinalização de negociações comerciais por parte de Trump, tanto com Lula quanto com Xi Jinping, contribuíram para os resultados positivos do dia.

Para Giovanni Bianchi, trader do BR Partners, o encontro entre Lula e Trump foi um dos fatores principais para o desempenho positivo. Ele destaca a importância de um reposicionamento das relações entre os dois países diante das tarifas impostas sobre produtos brasileiros. A expectativa de um encontro entre Trump e Xi Jinping também é vista como relevante, uma vez que um acordo entre as duas maiores economias do mundo pode estimular o aumento dos resultados de empresas e o valor de commodities.

Durante o dia, o Ibovespa também bateu sua máxima histórica intraday, atingindo os 147.977 pontos enquanto o pregão estava em andamento. Jerson Zanlorenzi, chefe da mesa de ações e derivativos do BTG Pactual, ressalta que o cenário de melhora global no apetite ao risco beneficia o Brasil, com reflexos positivos da conversa entre Trump e Lula. A aproximação da reunião do Federal Reserve na quarta-feira, que deve resultar em mais um corte na taxa de juros americana, também influencia a tomada de risco.

Zanlorenzi enfatiza que a perspectiva de menores juros nos EUA é uma realidade que se consolidou ao longo do tempo, impactando a força do dólar. Ele também destaca a importância da temporada de balanços do terceiro trimestre no Brasil, que apresenta uma perspectiva otimista devido aos múltiplos descontados. A relação entre o preço das empresas na bolsa e sua capacidade de gerar resultados está abaixo da média histórica, o que atrai o interesse de investidores estrangeiros pelos papéis brasileiros.