Peritos especializados em papiloscopia realizaram uma força-tarefa intensiva com o objetivo de identificar os 121 mortos durante uma megaoperação no Rio de Janeiro. As fotos dos corpos foram feitas ainda no hospital, facilitando o processo de reconhecimento. O Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP) da Polícia Civil foi fundamental nesse processo, levando três dias para concluir a árdua tarefa e contando com o apoio de policiais de outros estados.
A equipe de papiloscopia do IIFP esteve no Hospital estadual Getúlio Vargas, logo após o início da megaoperação, para agilizar a identificação dos corpos. Com o uso de fotos faciais e digitais, a equipe enviou o material para uma equipe especializada com acesso ao sistema de identificação da polícia civil. O desafio maior foi identificar os corpos de criminosos de outros estados, que demandaram um esforço adicional e cooperação interinstitucional.
O processo de identificação, que envolveu a conferência das digitais dos 121 corpos, foi complementado pelo reconhecimento facial, feito a partir de imagens disponíveis em fontes abertas, como redes sociais, e informações da Inteligência da Polícia Civil. Além disso, os sistemas do Detran, Tribunal Superior Eleitoral e Polícia Federal foram integrados para auxiliar na identificação dos mortos, demonstrando a importância da tecnologia nesse processo.
Apesar da automação, a confirmação da identidade dos mortos foi realizada de forma minuciosa “um para um” pelos policiais, que verificaram os candidatos à identificação até a confirmação oficial. A papiloscopia destacou-se como o método de maior precisão técnica, enquanto as fotos foram consideradas um complemento essencial no processo de identificação.
Durante a megaoperação, os corpos receberam números de identificação presos aos pulsos, facilitando a associação com os Boletins de Atendimento Médico (BAM) e a abertura de registros de ocorrência individuais. O trabalho dos agentes do IIFP e do Instituto Médico Legal (IML) foi intenso e contínuo, mesmo após a exposição de corpos na Praça São Lucas, no Complexo da Penha, no dia seguinte à operação.
A identificação dos corpos de criminosos de outros estados contou com apoio de policiais e peritos de diferentes regiões do país, permitindo a troca de informações sobre mandados de prisão e antecedentes criminais. A cooperação interinstitucional foi fundamental para o sucesso da identificação dos 121 mortos durante a megaoperação. Ao final do processo, todos os corpos foram liberados para enterro, encerrando oficialmente a perícia do IML.
Neste cenário de desafios e complexidade, a atuação dos peritos e papiloscopistas foi essencial para a realização de um trabalho preciso e eficiente. A identificação dos mortos, ainda que dolorosa, evidenciou a importância da integração de diferentes órgãos e a utilização de tecnologias avançadas para alcançar resultados satisfatórios em situações de extrema urgência e complexidade.




