Identificação de corpos da megaoperação no Rio: desafios e soluções

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Os corpos não identificados da megaoperação realizada nos complexos da Penha e Alemão, no Rio de Janeiro, no dia 28 do mês passado, foram reconhecidos por parentes como pertencentes a um homem de 19 anos, natural da Bahia, e a um adolescente de 17 anos, nascido na capital carioca. A identificação desses corpos, realizada no Instituto Félix Pacheco (IIFP), foi complicada devido à falta de dados civis suficientes nos sistemas estaduais e nacionais para oficializar o processo. Mesmo assim, o reconhecimento feito pelos familiares possibilitou a liberação dos corpos para os procedimentos necessários.

No caso do rapaz baiano, a identificação foi dificultada pelo fato de ele não ter feito a coleta das impressões digitais em vida. Os policiais civis do Rio tentaram contato com as autoridades da Bahia, porém não havia um banco de dados disponível com essa informação. Além disso, não foram encontrados registros dele como eleitor no Tribunal Superior Eleitoral ou com uma carteira nacional de habilitação em seu nome.

Por outro lado, o adolescente carioca não possuía carteira de identidade, o que também dificultou o processo de identificação. O corpo passou por exame de DNA, que auxiliou na confirmação do parentesco com a mãe. No entanto, como o resultado desse tipo de exame não é absoluto, o IIFP não utiliza essa informação de forma concreta para oficializar a identificação dos corpos.

Conforme explicado pelos papiloscopistas, a identificação precisa dos corpos é possível apenas por meio do reconhecimento das impressões digitais. As fotos são utilizadas como um complemento nesse processo. A falta de documentos e informações precisas dificulta o trabalho das autoridades para identificar corpos de vítimas de operações policiais, como foi o caso desses dois jovens.

É importante ressaltar que, apesar das dificuldades encontradas na identificação dos corpos da megaoperação, a colaboração dos familiares foi fundamental para que os corpos fossem liberados e pudessem receber os procedimentos adequados. O trabalho das autoridades envolvidas nesse processo é essencial para garantir a identificação correta das vítimas e o respeito aos direitos e dignidade dos envolvidos.

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