Idosa acumuladora de lixo é internada após limpeza em residência, em Mara Rosa

Idosa acumuladora de lixo é internada após limpeza em residência, em Mara Rosa

A Justiça determinou a internação de uma idosa de 76 anos, com indícios de transtorno de acumulação, que estava vivendo em um imóvel tomado por lixo, insetos e animais, em Mara Rosa, região norte de Goiás. Segundo o MP, foram retirados oito caminhões de lixo do imóvel.

A determinação foi acatada no dia 25 de agosto. De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), após o pedido na Justiça, foi concedido uma liminar que autorizava o município a entrar no imóvel para adoção de medidas sanitárias de limpeza e descarte de lixo, sob pena de multa de R$ 500 por dia, em caso de descumprimento, em vista que o local colocava em risco a vida da morada e dos vizinhos.

Durante a limpeza, o Corpo de Bombeiros retirou oito caminhões de lixo e encontrou focos de Aedes Aegypti, tanto dentro da casa quanto no quintal da residência. A intervenção foi realizada pela corporação com acompanhamento da Secretaria de Assistência do munícipio, que prestou assistência à proprietária. Ainda segundo o MP, a idosa se negava em receber a filha em casa pois tinha medo de ter os itens acumulados retirados do local.

“Em casos como esse, o município deve realizar diretamente a limpeza do imóvel, independente de notificação do proprietário, a administração municipal não vinha cumprindo integralmente com seus deveres.”, informou a promotora Gisele de Sousa Campos Coelho, titular da Promotoria de Justiça em Mara Rosa.

Internação

Após a intervenção na residência, a idosa passou por atendimento psicológico no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do município. Lá, foi atestado que a moradora apresentava perfil e sintomas inerentes a pacientes com transtorno de acumulação compulsiva.

Segundo o documento, o quadro pode ser desenvolvido diante de uma depressão não tratada e faz com que o indivíduo acumule diversos itens sem necessidade, tornando impossível a organização e limpeza da moradia.

Assim, foi determinado a internação da idosa com base na Lei nº 10.216/2001.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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