Idosa chilena guarda cadáver da amiga em mala durante um ano após pacto

Uma mala abandonada na esquina de uma rua em Santiago do Chile, capita chilena, revelou um pacto inusitado entre duas idosas. Um catador de lixo foi o responsável por desvendar todo o mistério e trazer à tona o caso para as mídias.

Segundo jornais locais, o trabalhador teria encontrado a mala em uma rua de Ñuñoa, na zona leste da cidade, e decidiu levá-la para casa pois acreditava ter algo de valor dentro. No entanto, ele sentiu um ‘cheiro ruim’ e, ao se dar conta do conteúdo, abandonou a mala em um local próximo.

A polícia acabou encontrado o objeto e, durante a averiguação, foram encontrados restos mortais de uma mulher. Câmeras de seguranças próximas ao local onde a mala havia sido deixada foram verificadas e foi descoberto que uma senhora de 80 anos havia sido responsável por abandonar a mala na esquina.

Durante a investigação, a idosa contou para a polícia que os restos mortais pertenciam a uma amiga 21 anos mais nova e que havia morrido há cerca de um ano, vítima de câncer. Ainda segundo a idosa, as duas haviam se conhecido em uma paróquia e compartilhavam uma forte ligação religiosa, que incluiu um pacto entre as duas.

“Elas fazem este tipo de pacto para se isolarem do mundo, tinham aspiração de serem como freiras em clausura, de não terem mais contato com o (mundo) exterior (…) fazem esta espécie de pacto, em caso de morte de uma ou da outra, de não comunicar às autoridades e cuidar de tudo até o último momento”, explicou o procurador Francisco Lanas, responsável pelo caso.

A senhora contou que ambas viviam reclusas e que, por isso, decidiu não comunicar as autoridades sobre a morte da amiga. O corpo foi guardado por 12 meses, até o momento em que a idosa resolveu se desfazer dele.

“Entendemos que (a idosa) deve ter tido algum episódio, uma espécie de transtorno de consciência em algum momento. Ela percebe que a amiga está em uma mala e quer dar a ela uma sepultura”, afirmou Juan Fonseca, chefe da Divisão Metropolitana de Homicídios.

O caso está sendo investigado pela polícia chilena. A mulher de 80 anos foi indiciada por ocultação de cadáver, enquanto a filha dela foi chamada para depor como testemunha.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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