Idosa é presa suspeita de utilizar documentos falsos para sacar benefício previdenciário de terceiros

Na última sexta-feira, 11, no Setor Oeste, em Goiânia, uma idosa foi presa suspeita de praticar crimes de estelionato e uso de documentos falsos. A detenção foi realizada pela Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (GREF), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

A prisão em flagrante aconteceu após representantes de uma instituição financeira terem denunciado, para  os investigadores do GREF/DEIC, que uma idosa, suspeita de usar documentos falsos, estava tentando sacar o benefício previdenciário acumulado pelo verdadeiro titular da conta bancária.

Os investigadores, após diligências, identificaram e prenderam a suspeita: Maria da Piedade Silva dos Santos, de 67 anos de idade. Estava em posse da idosa o RG falso do titular do benefício.

Na sede da DEIC, a equipe descobriu que no início de julho deste ano, a idosa já havia realizado o mesmo crime. Foi sacado o valor de R$ 1.500,00, com documento falso de outra vítima. A mulher já possui passagem policial pelo crime de utilização de documento falsos.

Maria da Piedade, após a prisão, foi encaminhada para Delegacia de Capturas (DECAP) e está à disposição da Justiça. As investigações devem ser concluídas em dez dias. Novas prisões podem acontecer. Segundo apurado pela equipe há uma organização criminosa atuando na região usando idosos para saque de benefícios previdenciários de terceiros.

Segundo a Polícia Civil: “A divulgação da imagem e identificação da presa foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869/19, Portaria n.º 02/2020 – PC e Despacho do Delegado de Polícia responsável pela investigação, especialmente porque visa sua identificação, através da imagem retrato, em outros crimes que suspeita-se tenham sido praticados por ela usando documentos falsos em nome de terceiros.”, declara.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp