Idosa presa durante festa de 70 anos por abusar sexualmente de uma criança

Uma mulher de 70 anos, identificada como Marilene Oliveira dos Santos, foi presa na tarde de quarta-feira enquanto comemorava seu aniversário em um shopping da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A idosa, foragida da Justiça, tinha um mandado de prisão condenatória em aberto, com uma pena de 12 anos em regime fechado por estupro de vulnerável.
 
Segundo o Disque Denúncia, responsável por repassar as informações que levaram à prisão, policiais do 31º BPM (Recreio) e da 16ª DP (Barra da Tijuca) localizaram Marilene em um restaurante no interior do centro comercial situado na Avenida Embaixador Abelardo Bueno. Ela não resistiu à abordagem.
 
O crime de estupro de vulnerável ocorreu em 2021, quando Marilene e seu então companheiro, Juarez Carlos Barboza, hoje com 59 anos, abusaram sexualmente de uma criança que na época tinha 7 anos. A vítima era afilhada do homem e ficava na residência do casal algumas vezes.
 
Após deixarem o shopping, as equipes conduziram Marilene à 16ª DP (Barra da Tijuca) para cumprimento do mandado de prisão expedido pela 33ª Vara Criminal da Capital. Em seguida, ela foi encaminhada a uma unidade prisional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), onde ficará à disposição da Justiça.
 
Juarez Carlos Barboza, o ex-companheiro de Marilene, também foi localizado menos de 24 horas depois da prisão da ex-mulher. Ele foi condenado a 21 anos de prisão pelo mesmo crime. A polícia informou que Juarez estava na Comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, na Zona Oeste, e se preparava para fugir devido à repercussão do caso. Ele foi encaminhado à SEAP, onde permanecerá à disposição da Justiça.

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PF indiciou Bolsonaro e militares por plano de golpe e assassinato de autoridades

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado. Além do ex-presidente, a PF concluiu que mais 36 pessoas estão envolvidas, entre elas ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), e Braga Netto (Defesa), além de outros militares e aliados do ex-presidente.

O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que os indiciados foram responsáveis por tramas golpistas, ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, e até um plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado e prestou depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21, sendo considerado um dos últimos testemunhos a serem ouvidos no caso.

Entre os crimes atribuídos aos indiciados estão: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Plano de assassinato

Além das investigações sobre os atos golpistas, a PF realizou uma operação, na terça-feira (19), contra uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. A organização, composta principalmente por militares das Forças Especiais, visava a realização de um golpe para impedir a posse do governo eleito em 2022.

A investigação revelou que o plano de assassinato foi preparado para o dia 15 de dezembro de 2022, e que Moraes estava sendo monitorado de forma contínua. A organização também tinha a intenção de criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar as consequências de suas ações.

A PF concluiu que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano, o que agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

O 8 de Janeiro e as consequências

Em 8 de janeiro de 2023, seguidores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, em protesto contra o resultado das eleições de 2022. O governo federal decretou intervenção na segurança do Distrito Federal e mais de 1.800 pessoas foram presas nos dias seguintes.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro identificaram financiadores e grupos organizados que planejaram os ataques. Bolsonaro passou a ser investigado após surgirem evidências de que ele havia incentivado discursos golpistas, levando o STF a aceitar denúncias contra centenas de envolvidos. Vários réus já foram condenados por crimes como associação criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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