Idosa presa durante festa de 70 anos por abusar sexualmente de uma criança

Uma mulher de 70 anos, identificada como Marilene Oliveira dos Santos, foi presa na tarde de quarta-feira enquanto comemorava seu aniversário em um shopping da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A idosa, foragida da Justiça, tinha um mandado de prisão condenatória em aberto, com uma pena de 12 anos em regime fechado por estupro de vulnerável.
 
Segundo o Disque Denúncia, responsável por repassar as informações que levaram à prisão, policiais do 31º BPM (Recreio) e da 16ª DP (Barra da Tijuca) localizaram Marilene em um restaurante no interior do centro comercial situado na Avenida Embaixador Abelardo Bueno. Ela não resistiu à abordagem.
 
O crime de estupro de vulnerável ocorreu em 2021, quando Marilene e seu então companheiro, Juarez Carlos Barboza, hoje com 59 anos, abusaram sexualmente de uma criança que na época tinha 7 anos. A vítima era afilhada do homem e ficava na residência do casal algumas vezes.
 
Após deixarem o shopping, as equipes conduziram Marilene à 16ª DP (Barra da Tijuca) para cumprimento do mandado de prisão expedido pela 33ª Vara Criminal da Capital. Em seguida, ela foi encaminhada a uma unidade prisional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), onde ficará à disposição da Justiça.
 
Juarez Carlos Barboza, o ex-companheiro de Marilene, também foi localizado menos de 24 horas depois da prisão da ex-mulher. Ele foi condenado a 21 anos de prisão pelo mesmo crime. A polícia informou que Juarez estava na Comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, na Zona Oeste, e se preparava para fugir devido à repercussão do caso. Ele foi encaminhado à SEAP, onde permanecerá à disposição da Justiça.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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