Antônio Alves da Costa, um idoso de 76 anos, teve seus sonhos interrompidos por uma bala perdida próximo ao Morro São João, no Rio de Janeiro. Sua neta, Maria Eduarda Souza, lembra com carinho do pedido singelo feito por ele em seu aniversário, desejando viver mais 24 anos para atingir os 100 anos de idade. Infelizmente, essa esperança foi brutalmente interrompida na manhã de quarta-feira, quando Antônio foi atingido pela violência que assola muitas áreas da Zona Norte carioca. Caminhando com dificuldade pela Rua Acaré, próximo ao Morro São João, o idoso foi vítima de um tiroteio entre traficantes e a polícia, sendo atingido por uma bala perdida e falecendo no local.
Antônio era um torcedor fervoroso do Botafogo e um avô dedicado, conforme relato de sua neta Maria Eduarda. Descrito como uma pessoa incrível que amava viver, Antônio deixou sua marca como um jogador assíduo de baralho na Praça Barão de Drummond, em Vila Isabel. Mesmo enfrentando dificuldades de saúde após dois AVCs no início do ano, ele lutava para se recuperar e não depender mais de uma cadeira de rodas. A notícia de sua morte pegou a família de surpresa, que vivia em Realengo, Zona Oeste do Rio, e havia se mudado para a cidade para cuidar do idoso.
A morte de Antônio Alves da Costa foi um choque para sua família, que não conseguia entender como algo assim poderia acontecer. Já desgastados pelo clima de violência que assola a região, seus parentes temiam por sua segurança, mas nunca imaginaram que algo tão terrível poderia acontecer. Seu amor pelo Botafogo e sua alegria em passar tempo com a família são lembranças preciosas que permanecem vivas mesmo após sua partida precoce.
Os bombeiros encontraram Antônio Alves da Costa sem vida na Rua Acaré, após receberem um chamado na manhã da tragédia. A polícia suspeita que o tiro fatal tenha sido resultado de um confronto entre traficantes e a UPP local. O corpo do idoso foi removido e encaminhado ao Instituto Médico-Legal, enquanto a comunidade lamentava a perda de mais uma vida inocente para a violência que assola as favelas cariocas.
Infelizmente, histórias como a de Antônio Alves da Costa se tornaram comuns no Rio de Janeiro, onde a violência tem ceifado vidas de maneira indiscriminada. Sua neta, Maria Eduarda, relembra com saudade a presença amorosa e alegre de seu avô, que buscava enfrentar seus desafios com otimismo e determinação. Que sua memória seja um lembrete do quanto a vida é preciosa e do quanto ainda precisamos fazer para garantir a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos, independentemente de sua localidade geográfica. A morte de Antônio Alves da Costa é mais um triste capítulo da violência no Rio de Janeiro, mas que deve nos impulsionar a buscar soluções efetivas para proteger a vida de todos os cidadãos da cidade.