Fora de moda, Facebook planeja mudança de nome

Ações do Facebook despencam e empresa perde cerca de US$ 200 bilhões

Enfrentando uma das maiores crises de sua histórias por Mark Zuckerberg e sua gigante, Facebook, teriam motivado conversas internas sobre um processo de renovação da marca. Isso porque, recentemente, a marca se tornou sinônimo de desinformação, discurso de ódio e manipulação eleitoral.

O CEO pretende falar sobre a nova marca no dia 28 de outubro, durante a conferência anual Connect. A divulgação do novo nome, no entanto, pode ocorrer antes disso.

Além disso, a empresa está cada vez mais envolvida com desenvolvimento daquilo que Zuckerberg chama de ‘metaverso’, um espaço de realidade virtual na qual os usuários podem assistir a reuniões de trabalhos e reunir com os amigos. Uma simulação do mundo real.

Pelo Twitter, o antigo chefe da agora extinta Unidade de Integridade Cívica do Facebook, Samidh Chakrabarti, comentou o caso. Ele chuta que a “meta” pode ser uma forte concorrente ao novo nome para a marca. De acordo com Chakrabarti, isso facilitaria ainda mais a associação do conglomerado ao metaverso de realidade paralela.

‘Metaverso’ é uma preocupação

A dominação do metaverso pelo Facebook preocupa jornalistas e congressistas estadunidenses. Os espaços da realidade virtual também são disputados por outras companhias de tecnologia e entretenimento e podem representar o futuro da internet.

Para o bilionário, a renovação da marca é necessária justamente para dissociar os futuros empreendimentos da companhia do campo da realidade virtual das polêmicas e imagens negativas da rede social acumulou longo de seus 17 anos. A ideia seria mudar o nome do conglomerado, e não da rede social.

Acusações contra Facebook

Nas últimas semanas, a rede social vem enfrentando uma série de acusações graves que afundam ainda mais a percepção pública da companhia. Inicialmente, o jornal americano The Wall Street Journal publicou uma série de documentos vazados e altamente comprometedores. As acusações apontam, por exemplo, que o Facebook remove menos de 5% dos discursos de ódio feito pelos usuários.

Além disso, uma ex-funcionária da área de desenvolvimento denunciou uma série de práticas irresponsáveis da rede social. Entre elas, está o fato de que a empresa tem o consentimento que o Instagram atrapalha o desenvolvimento psicológico e físico de meninas e adolescentes.

E essa é apenas uma das acusações. Somam-se a elas os antigos escândalos da Cambridge Analytica, quando o Facebook foi acusado de vender dados de milhões de usuários a empresas de marketing político que atuaram na eleição do ex-presidente Donald Trump.

Existem ainda inúmeros casos de tensões sociais causadas pela desinformação por propagandas nas plataformas da empresa. De acordo com as últimas acusações, o Facebook não apenas conhecia as falhas dos algoritmos, como também se aproveitava delas para viciar e prender os usuários.

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Empregos ligados à tecnologia cresceram 95% em 10 anos, diz pesquisa

Estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que o número de empregos de profissões ligadas à tecnologia aumentou 95% em dez anos, de 2012 a 2022. A maior variação foi para engenheiro de sistemas operacionais em computação, que apresentou elevação de 741,2% na quantidade de vínculos de emprego no período.

A pesquisa foi feita com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, e analisou 30 ocupações ligadas à tecnologia que avançaram no mercado de trabalho brasileiro.

Também obtiveram crescimento expressivo as ocupações de tecnólogo em gestão de TI (450,7%), pesquisador em ciências da computação e informática (579,3%), seguidas de engenheiro de aplicativos em computação (258%) e técnico de planejamento e programação da manutenção (191,2%).

Considerando as oscilações em números absolutos, as funções ligadas à tecnologia que tiveram maior crescimento na quantidade de empregos foram: analista de desenvolvimento de sistemas (117.046 vínculos); programador de sistemas de informação (72.332); técnico de apoio ao usuário de internet (36.372); analista de suporte computacional (32.536); e instalador-reparador de redes telefônicas e de comunicação de dados (24.838).

Em 2012, o conjunto das 30 profissões ligadas à tecnologia analisadas na pesquisa tinha cerca de 445 mil vínculos de trabalho. Já em 2022, o grupo atingiu chegou a 868,1 mil postos de trabalho, representando uma alta de 95%.

“A tecnologia pode e vai gerar muito mais transformações econômicas e sociais, bem como no mercado laboral. Mas isso vai depender também dos níveis de digitalização do mercado consumidor, do rol empresarial e da força de trabalho. Isso passa pela sustentabilidade financeira de cada um desses agentes, mas também de ambientes econômico, trabalhista, tributário, social e de regulação mais favoráveis à absorção da própria inovação”, disse Jaime Vasconcellos, da FecomercioSP.

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