Idoso é mantido em cárcere privado e cava buraco para urinar, em Águas Lindas

A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do 1º Distrito Policial de Águas Lindas de Goiás, prendeu uma mulher suspeita de manter um idoso de 71 anos em cárcere privado e se apropriar do rendimento da vítima. Os crimes foram denunciados pelo idoso, que redigiu uma carta pedindo que a polícia o libertasse do cárcere e investigasse os crimes.

Segundo a PCGO, após receber as denúncias, equipes policiais compareceram o local e encontraram a vítima em um “barraco” construindo com latão/madeira nos fundos da residência da suspeita. Durante a fiscalização, a polícia descobriu que o idoso fazia necessidades fisiológicas em um buraco cavado por ele mesmo, a quatro metros de onde dormia e, além disso, tomava banho em uma torneira de 50 centímetros de altura. Ficou claro, então, que o idoso sofria maus-tratos.

Durante as investigações, a polícia descobriu que a suspeita havia se apropriado dos valores do Benefício de Prestação Continuada da vítima, uma vez que ela possuía o cartão e a senha pessoal. Além disso, foi descoberto também o contrato de um empréstimo consignado no nome do idoso, que negou ter conhecimento das transações bancárias.

A prática dos crimes pela suspeita ficou mais evidente depois que, durante o inquérito, ela parou de responde os contatos feitos pela equipe policial, mudou-se de endereço sem comunicar o novo paradeiro e ainda transferiu a filha de escola, informando que mudaria do Brasil para o exterior.

A investigação descobriu que a suspeita se mudou para Santa Terezinha de Goiás, a 320 quilômetros de Águas Lindas, para não ser mais investigada. Um Mandado de Prisão Preventiva foi emitido pela Justiça, e a suspeita presa no 1º DP de Águas Lindas. A investigada foi conduzida ao sistema prisional e colocada à disposição do Poder Judiciário.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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