Idoso é preso suspeito de transportar cocaína para outros países a mando de empresários de goianos

Idoso é preso suspeito de transportar cocaína para outros países a mando de empresários de goianos

Um idoso de 63 anos, apontado pela Polícia Federal (PF) como piloto de uma quadrilha composta por empresários do ramo de aviação de Goiás, Pará, Maranhão e por políticos do Suriname, foi preso pela Polícia Militar (PM) neste domingo (15), nas proximidades do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. Ele é suspeito de transportar drogas para fora do país por meio de aeronaves. 

O homem, inclusive, era responsável por levar 200 quilos de cocaína por semana para outros países como Suriname e Colômbia. Somente nos quatro primeiros meses, a quadrilha teria movimentado US$ 500 mil (cerca de R$ 2,53 milhões), segundo o Sargento da PM, Rafael de Oliveira Cardoso.

Conforme o militar, as investigações realizadas pela PF deram conta de que uma aeronave do piloto foi apreendida, em novembro de 1999, no interior do Maranhão, com 141 kg de cocaína. Na época, o avião teria sido abastecido em uma fazenda de um goiano suspeito de ter ligações com o narcotráfico.

“Esse piloto chegou a ficar 11 meses preso por ser pego com a droga. Ele esgotou todos os seus recursos e conseguiu a liberdade na época. Agora, ele deve responder por tráfico internacional e associação para o tráfico internacional”, explicou.

Rafael disse ainda que as investigações da PF apontaram que contas telefônicas do piloto registraram diversas ligações para cinco pessoas no Suriname suspeitas de envolvimento com o narcotráfico.

“O suspeito não foi preso com nenhum tipo de droga e nem resistiu a prisão. Ele foi encaminhado para a Central de Triagem do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e ficará à disposição da Justiça do Pará”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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