Idoso é vítima de golpe milionário do amor em Jari: Polícia Civil prende suspeitos em SP – Operação Dom Quixote em ação

Recentemente, um idoso da cidade de Jari, localizada na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, se viu envolvido em um golpe que colocou em risco suas finanças. De acordo com a Polícia Civil, o homem, com 71 anos de idade, transferiu mais de R$ 2 milhões ao longo dos anos de 2022 e 2023 para um grupo de estelionatários virtuais que se passavam por uma investidora americana nas redes sociais. O idoso acreditava estar construindo um relacionamento à distância com a suposta investidora, que prometia inclusive visitá-lo pessoalmente no Brasil.

A investigação revelou que a vítima foi vítima de um golpe conhecido como “golpe do amor”, no qual a quadrilha utilizava perfis falsos para enganar pessoas ingênuas em troca de dinheiro. No caso do idoso de Jari, ele era ludibriado com a promessa de envio de presentes, como joias, com a condição de que ele arcasse com despesas relacionadas a impostos de encomendas internacionais, alfândega e outros tributos.

A situação tomou uma nova forma quando, nesta quarta-feira (27), seis suspeitos envolvidos no golpe foram presos em diferentes cidades de São Paulo, como Santo André, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos e Osasco, em uma operação liderada pela Delegacia de Polícia de Tupanciretã (RS) e contando com o apoio de agentes de São Paulo e do Ceará. Além das prisões, foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e cartões bancários, bem como bloqueados bens e valores nas contas dos criminosos.

Após dois anos e milhões de reais transferidos, o idoso finalmente percebeu que estava sendo vítima de um golpe e procurou as autoridades para relatar o ocorrido. A partir dessa denúncia, foi deflagrada a “Operação Dom Quixote”, que identificou um total de 13 suspeitos envolvidos na fraude. O caso está sendo investigado como estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A Polícia Civil está empenhada em desarticular essa rede criminosa e continua a investigar o caso, contando com a participação de policiais do Rio Grande do Sul, São Paulo e Ceará. Com um total de 25 policiais do RS, 14 agentes de SP e quatro de CE envolvidos na operação, espera-se que mais detalhes sobre o golpe do amor e seus desdobramentos sejam esclarecidos nos próximos dias. É fundamental que casos como esse sirvam de alerta para todos sobre os perigos presentes no ambiente virtual e a importância de não cair em golpes fraudulentos.

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Pai que matou filha de três anos tem pedido de exame de sanidade mental negado pela Justiça no Paraná

Justiça nega exame de sanidade mental para pai que matou filha de três anos e abandonou corpo em carro no Paraná

Na audiência de custódia, juíza entendeu que Diego Souza teve integridade mental para cometer os crimes. Ele também atirou contra a ex-companheira. O DE aguarda resposta da defesa de Diego.

Durante depoimento, Diego disse que cometeu os crimes por estar em “surto”. — Foto: Reprodução – RPC

A Justiça não aceitou o pedido de laudo de sanidade mental solicitado pela defesa de Diego Souza em audiência de custódia. O homem de 33 anos matou a filha, de três, e abandonou o corpo dela em um carro em Londrina, norte do Paraná. Ele também atirou contra a ex-companheira.

A decisão acontece após Diego alegar, em depoimento ao delegado, que teve um surto no momento que praticou os crimes.

> ” Foi coisa que passou na minha cabeça na hora. Sim, me arrependo bastante, mas não estava [premeditado]… O meu plano primário era eu me matar, eu não suportava a ideia dela [a filha] ficar longe de mim e ficar com outro pai”, disse Diego em depoimento.

No auto da prisão em flagrante, a juíza Eveline Zanoni de Andrade declara que “não há, neste momento, pelo Juízo, dúvida sobre a integridade mental do autuado”.

O crime aconteceu na segunda-feira (23). O homem foi preso em flagrante horas depois e a prisão foi convertida para preventiva, após pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Na terça-feira (24), a defesa de Diego informou que entraria com pedido de habeas corpus.

O homem já histórico criminal, com passagens por estupro de vulnerável e violência doméstica, cometidos contra outras mulheres. O DE aguarda resposta da defesa de Diego.

HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA

A ex-companheira de Diego disse ao delegado que os dois ficaram juntos por sete anos. Eles se separaram quando a filha completou 45 dias de vida. “Eu descobri que ele era usuário de drogas”, falou na oitiva. Diego negou em depoimento que usasse drogas.

À polícia, a vítima disse que cerca de um mês e meio antes do crime Diego tentou agarrá-la dentro de um hospital, onde estava acompanhando a filha após uma cirurgia. Entretanto, o comportamento violento não era comum, de acordo com ela, e não foi registrado boletim de ocorrência.

Ao ser preso, o homem disse que “se sentiu no direito” de cometer os crimes. A informação foi divulgada pelo guarda municipal (GM) Marcos Godoy, em entrevista à RPC.

Diego deve responder pelos crimes de feminicídio (contra a filha), tentativa de feminicídio (contra a ex), porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e resistência à prisão.

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