Idoso que foi espancado morre após ficar 11 dias na UTI

Um idoso morreu 11 dias após ser espancado na porta de casa, em Catalão, no sudeste goiano. Manoel Rodrigues ficou internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a morte foi confirmada no último domingo, 16. O espancamento aconteceu no dia 02 de julho, quando o idoso tomava sol na porta de casa.

Segundo informações da Polícia Militar (PM), Manoel levou socos e foi encaminhado para a Santa Casa de Catalão. O suspeito de agredir o idoso foi encaminhado para a delegacia, mas foi liberado.

A Polícia Civil (PC) está investigando o caso e explicou, para a TV Anhanguera, que está ouvindo testemunhas, mas que não foi possível solicitar a prisão do suspeito por não ter sido flagrante.

A família de Manoel alega ainda que houve negligência por parte do hospital em que ele ficou internada. De acordo com a filha do idoso, durante o atendimento foi passada apenas uma medicação e não foram solicitados exames. O homem recebeu alta logo em seguida para se recuperar em casa.

A Santa Casa de Catalão informou ao portal G1 que o idoso foi avaliado conforme protocolos validados pela literatura, levando em consideração o quadro clínico que Manoel apresentava no momento que foi encaminhado para o local. A instituição afirmou ainda que ele apresentou complicações do trauma três dias depois das agressões, retornando a Santa Casa depois de passar por outro estabelecimento de saúde.

Eles explicaram também que Manoel passou por uma cirurgia e morreu no 12º dia de pós-operatório.

Veja a nota da Santa Casa de Catalão na íntegra

“A Santa Casa de Misericórdia de Catalão, neste ato representada pelo seu Diretor Técnico Petterson Idelmino França, abaixo assinado, vêm por meio desta nota, informar que o paciente Manoel Rodrigues da Silva foi atendido no Pronto Socorro da Santa Casa no dia 02/07/2023 após ter sido trazido pelo Corpo de Bombeiros com história de vítima de agressão física. Foi avaliado segundo protocolos médicos validados pela literatura e realizado propedêutica e terapêutica de acordo com quadro clínico apresentados naquele momento. Apresentou complicações decorrentes do trauma 3 dias após o evento. Retornou a esta Instituição após passar por outro estabelecimento de saúde. Realizou procedimento cirúrgico, lamentavelmente evoluindo a óbito no 12º dia de pós-operatório”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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