Igreja do Ouro em Salvador recebe R$ 1,3 mi para obras emergenciais

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A “Igreja do Ouro”, que desabou, recebeu R$ 1,3 milhão do Iphan para obras emergenciais após o teto da Igreja de São Francisco, em Salvador (BA), ter cedido em 5 de fevereiro deste ano, resultando em um morto e cinco feridos. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) destinou o valor para a recuperação do forro do teto da nave central do templo, conhecido como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo.

A contratação foi oficializada em 28 de fevereiro e divulgada em 11 de março. As obras de recuperação do forro do teto e elaboração do projeto executivo para a restauração da “Igreja do Ouro” são o foco dos serviços de urgência que serão realizados. Após o acidente, técnicos do Iphan e da Defesa Civil de Salvador (Codesal) inspecionaram 140 imóveis na capital baiana, tanto individualmente tombados quanto parte de conjuntos urbanos tombados.

No momento, as autoridades estão preparando laudos técnicos e recomendações para a restauração e conservação da igreja histórica. A vítima fatal do desabamento foi Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, natural de Ribeirão Preto (SP), que estava visitando a “Igreja do Ouro”. Dos cinco feridos, dois são estrangeiros e, segundo o coronel Adson Marchesini, comandante-geral do Corpo de Bombeiros da Bahia, não correm risco de vida.

A Polícia Civil informou que irá investigar a morte da turista e expediu guias para o trabalho do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Os laudos periciais serão fundamentais para esclarecer as causas do acidente. A igreja e o convento são tombados pelo Iphan e classificados como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, situados no Centro Histórico de Salvador, reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco.

Em outubro do ano anterior, o Iphan anunciou um investimento de R$ 1,2 milhão na restauração da Igreja e Convento de São Francisco. Hermano Guanaes, superintendente do Iphan-BA, ressaltou a importância da preservação desse patrimônio cultural e afirmou que é um esforço coletivo que requer colaboração de todos os setores da sociedade. Apesar das denúncias de precariedade na estrutura da igreja, Guanaes afirmou que não foi detectado risco de desabamento do forro nas vistorias e que a gestão dos patrimônios é responsabilidade dos proprietários. A última intervenção realizada pelo Iphan foi o reparo de azulejos portugueses, com um investimento de R$ 4 milhões.

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