Ilhas de Calor em Sorocaba: Centro é 4,5°C mais quente que vegetação – Pesquisa UFSCar 2023

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O Centro de Sorocaba é até 4,5°C mais quente que a área de vegetação natural, conforme aponta uma pesquisa recente realizada pela pesquisadora Fernanda Frois dos Santos, da UFSCar. O estudo teve como objetivo mapear as ilhas de calor e de frescor presentes na cidade, destacando um aumento significativo desses fenômenos.

Durante uma semana em junho de 2023, Fernanda percorreu todas as zonas de Sorocaba com um termômetro em mãos, aferindo as temperaturas de cada local para identificar as áreas mais quentes e frescas. A comparação dos dados obtidos em 2023 com os de 2013 revelou um considerável aumento das ilhas de calor na cidade.

Além de identificar as regiões mais quentes, a pesquisa também buscou analisar o impacto dos materiais de construção utilizados nos imóveis dessas áreas na temperatura local. A metodologia dos transectos e um termômetro de temperatura de ar chamado datalogger foram empregados nessa etapa do estudo.

Os resultados indicaram que a região central de Sorocaba é uma das mais afetadas pelas ilhas de calor, sendo até 4,5°C mais quente que as áreas de vegetação natural. Entre os pontos críticos destacados estão a Avenida Izoraida Marques Peres e o Jardim Aeroporto, onde o calor aumentou significativamente nos últimos anos.

As áreas mais frescas identificadas durante a pesquisa foram o início da Avenida Itavuvu, o Parque Chico Mendes, a extensão da Avenida São Paulo e a Avenida General Osório. Já os locais mais quentes incluem o Bairro Campolim, a região das indústrias na Avenida Itavuvu e a Avenida Pereira de Camargo.

O fenômeno das ilhas de calor é explicado pela pesquisadora como um aumento localizado da temperatura em áreas urbanas devido à alta concentração de materiais como concreto, metal e vidro, que absorvem e retêm o calor. A falta de áreas verdes e de cobertura vegetal também contribui para o surgimento dessas ilhas.

A importância da preservação de áreas verdes e do aumento da cobertura vegetal na cidade é ressaltada como uma forma de mitigar as ilhas de calor. A pesquisadora destaca a necessidade de utilizar materiais mais permeáveis e naturais nas construções, visando a redução do impacto do calor urbano e a criação de espaços externos mais agradáveis e saudáveis para a população.

Em suma, o estudo realizado por Fernanda Frois dos Santos evidencia a importância de medidas sustentáveis e ambientais na construção e preservação das cidades para combater os efeitos das ilhas de calor e promover um ambiente mais equilibrado e saudável para todos.

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