Ilicínea lidera o ranking negativo de resgate de trabalhadores em condições análogas à escravidão no Sul de Minas, de acordo com informações divulgadas pelo Diário do Estado. A “Lista Suja” do trabalho escravo foi atualizada recentemente pelo Ministério do Trabalho.
O município de Ilicínea, localizado no Sul de Minas, foi o que registrou o maior número de trabalhadores resgatados pelo Ministério do Trabalho em condições análogas à escravidão. Segundo o Diário do Estado, a atualização da “Lista Suja” revelou que 44 trabalhadores foram resgatados em propriedades na região de Ilicínea. Boa Esperança aparece em segundo lugar, com 36 resgatados, seguido de Jacuí com 33, Delfinópolis com 25 e Itamogi com 24 trabalhadores resgatados.
De acordo com o Diário do Estado, no Sul de Minas, 34 empregadores fazem parte da “Lista Suja” do trabalho escravo, a maioria deles proprietários de fazendas de café. Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 158 dos 745 nomes divulgados, o que representa 21% do total.
No último ano, a “Lista Suja” do trabalho escravo incluiu 155 empregadores, sendo que 80% deles estão ligados a atividades rurais e 18 casos estão relacionados a trabalho análogo à escravidão em atividades domésticas.
Segundo o auditor do Ministério do Trabalho e Emprego, Leandro Marinho, a inclusão do nome do empregador na “Lista Suja” resulta em uma série de restrições, como a restrição de crédito e o impedimento de acesso a determinados mercados.
Além disso, o auditor informou que, nas propriedades dos 34 empregadores do Sul de Minas incluídos na lista, foram resgatados quase 300 trabalhadores, a maioria atuando no setor de café. Denúncias de trabalho em condições análogas à escravidão podem ser feitas por meio do Sistema Ipê, do Ministério do Trabalho e Emprego.
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