Hospitais, clínicas, médicos e laboratórios credenciados no Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (IMAS), ficarão cinco dias sem prestar atendimento. Cerca de 84 mil servidores da prefeitura e associados só serão atendidos em casos de urgência e emergência, até a próxima sexta-feira, 2.
A decisão do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), foi tomada em caráter de advertência, na tentativa de forçar a prefeitura a realizar os repasses que, em alguns casos, estão atrasados desde 2016. De acordo com o presidente do Sindhoesg, José Silvério Peixoto, decisão causa prejuízos aos beneficiados, mas é necessária para evitar novos descredenciamentos.
José Silvério explica que há lugares onde os débitos se arrastam desde 2016, mas o total de valores da dívida não foi divulgado. Fontes extraoficiais afirmam que a dívida passa de R$ 1,2 milhão. O Instituto sinalizou ao sindicato que o pagamento dos débitos até o dia 20 de março. “Até houve um início de pagamento, mas o montante da dívida está muito alto. Os credenciados querem que os pagamentos ocorram de forma justa entre si e que os prazos sejam cumpridos”, justifica Silvério.
Em nota, a diretoria do IMAS informou que o prazo contratual para pagamento dos prestadores é de 90 dias, e reconhece eventuais atrasos, no entanto, estão associados à burocracia inerente aos processos de pagamentos. A nota diz ainda que o pagamento é feito mediante apresentação de documentação do credenciado e que a falta dela, exige diligências, para finalizar os pagamentos.
“Alguns planos realizam o pagamento em 60 dias. Não tem como deixar essa situação se arrastar com o faturamento e o fluxo de caixa existente no plano”, constata o presidente. José Silvério diz que o sindicato realizará outra assembleia dia 21 de março, um dia após o prazo de indicado pelo IMAS para quitação dos débitos. “O atraso e não pagamento dos credenciados não se justifica, já que o desconto é feito mensalmente dos beneficiários. Precisamos decidir o futuro dos credenciados e associados pelo plano”, enfatiza Silvério.
Nenhum representante do IMAS quis falar com nossa equipe de reportagem sobre o assunto, e se negaram a informar o valor real da dívida. O Instituto tem cerca de 84 mil associados e quase dois mil prestadores de serviços.
Patrícia Santana