Imóvel que era bar é reintegrado à Igreja em Fernando de Noronha: decisão judicial remove ocupantes e define novo uso

Justiça desocupa bar que funcionava em imóvel construído para ser Casa Paroquial em Fernando de Noronha

No local funcionava o Muzenza, espaço de shows. O imóvel também era residência de moradores da ilha. A Igreja Católica divulgou planejamento de uso do imóvel.

Imóvel que era usado como bar é reintegrado à Igreja em Fernando de Noronha

Imóvel que era usado como bar é reintegrado à Igreja em Fernando de Noronha

Por decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o bar e pizzaria Muzenza foi desocupado. O espaço foi reintegrado à Igreja Nossa Senhora dos Remédios, em Fernando de Noronha

A decisão judicial foi executada no final de semana. Os moradores da ilha que ocupavam o espaço também foram retirados.

Segundo os historiadores, originalmente o imóvel foi construído para ser a casa paroquial e a capela de velórios de Fernando de Noronha.

A decisão foi assinada pelo juiz João José Rocha Targino, que determinou a suspensão do Termo de Permissão de Uso (TPU), que é o documento de posse do imóvel cedido pela Administração da Ilha, à família de família de Dona Pituca (Maria do Carmo Dias Barbosa, que morreu em 2012), que fundou o primeiro restaurante e pousada da ilha no local, e morava no terreno.

Leandra Teixeira, neta de Maria do Carmo e moradora da área arrendada, lamentou a decisão, mas preferiu não se pronunciar.

CONSELHO DISTRITAL

O Conselho Distrital realizou uma reunião para discutir o assunto. O presidente do órgão, Ailton Araújo Júnior, afirmou que os representantes da comunidade vão encaminhar uma solicitação à Administração da Ilha para que aconteça um apoio aos familiares de Dona Pituca.

“Vamos solicitar ao governo local que a Igreja Católica desocupe o imóvel que atualmente é usado como casa paroquial. O padre deve passar a residir no espaço que era o Muzenza. O imóvel desocupado deve ser destinado à moradia dos familiares de Dona Pituca”, defendeu Ailton Júnior.

O DE entrou em contato com a Administração de Fernando de Noronha para saber qual é a avaliação do governo sobre a solicitação do Conselho Distrital, mas até a publicação desta reportagem não recebeu resposta.

IGREJA

O padre da ilha, Weslley Souza, disse que a Igreja Católica deve restaurar o imóvel que era usado como bar, conforme orientação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O prédio foi construído no Século 18.

O pároco contou que o prédio deve ser usado como casa paroquial e que Fernando de Noronha terá um segundo padre morador da ilha para apoiar os trabalhos da igreja.

“O novo padre deve chegar à ilha em fevereiro. Ele vai ajudar nos trabalhos pastorais da paróquia. Vamos ampliar as ações e a assistência à comunidade”, disse o padre Weslley.

O padre também falou sobre outras utilidades que o espaço deve ter. “Vamos fazer um ambiente para acolhida dos fiéis. Queremos fazer também um salão paroquial com banheiros, além da capela de velório, que será restaurada”, declarou padre Weslley Souza.

O DE entrou em contato com os representantes do bar e pizzaria Muzenza para falar sobre a decisão judicial, mas não obteve resposta até a última atualização dessa reportagem.

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Operação da PF desmantela quadrilha que roubava mercadorias dos Correios em PE e BA, com policial foragido

A Polícia Federal DE deflagrou, nesta quarta-feira (18), uma operação contra um grupo suspeito de roubar mercadorias que estavam sendo transportadas pelos Correios. Um dos alvos é um policial civil de Pernambuco. Segundo a PF, ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e está foragido.

Os crimes foram registrados em Pernambuco e na Bahia, onde o inquérito da Operação Ímprobo 2 começou. Em PE, foram cumpridos, segundo a PF, cinco mandados de busca e apreensão no Recife e nas cidades de Carpina, na Zona da Mata Norte, e Salgueiro, no Sertão, além do mandado de prisão preventiva.

As ordens foram decretadas pela 17ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia. De acordo com a PF, a suspeita é que a quadrilha desviava aparelhos eletrônicos para o comércio clandestino. A maioria dos itens roubados, segundo a investigação, são celulares.

O nome do policial envolvido no caso não foi divulgado. A PF disse, ainda, que ele está na ativa, mas que não vai divulgar informações sobre a função do servidor na corporação. Outro alvo do inquérito é uma loja de smartphones localizada em Salgueiro.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de associação criminosa e receptação qualificada, que, juntos, podem resultar em mais de 11 anos de prisão. Procurada, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) disse que acompanhou as equipes da Polícia Federal no cumprimento do mandado de prisão contra o policial, que não foi localizado durante a ação. A instituição informou, ainda, que abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor.

Até a última atualização desta reportagem, o policial civil permanecia foragido.

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