Impacto das políticas de Trump no Brasil: Copom monitora incertezas econômicas dos EUA

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) mantém a preocupação com os desdobramentos da gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em comunicado divulgado recentemente, o órgão do BC destacou que o ambiente externo continua desafiador, especialmente devido à conjuntura e política econômica nos Estados Unidos, o que gera incertezas em relação aos ritmos de desaceleração e desinflação, e, consequentemente, à postura do Fed (Federal Reserve), o banco central americano.

A mesma análise já havia sido feita pelo BC na reunião anterior do órgão em dezembro de 2024, quando Roberto Campos Neto estava à frente do Banco Central. Agora, com Gabriel Galípolo como presidente, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva, a preocupação com os impactos das medidas de Trump permanece.

As promessas de Trump, como um possível aumento de tarifas e a deportação de imigrantes, são consideradas “inflacionárias” por especialistas e podem afetar o ritmo de queda de juros nos EUA. Isso pode tornar os títulos da dívida americana mais atrativos, pressionar a cotação do dólar para cima e intensificar a queda das Bolsas de Valores em países emergentes, como o Brasil.

Na última reunião, o Fed decidiu não alterar os juros dos EUA, mantendo-os no intervalo entre 4,25% a 4,5%. Essa decisão era esperada pelo mercado, após três cortes seguidos da taxa nas reuniões anteriores. A manutenção dos juros americanos sinaliza que o banco central dos EUA está aguardando mais informações sobre a conjuntura econômica futura antes de fazer novas alterações.

A incerteza em relação ao cenário internacional, especialmente em relação às decisões de Trump, pode impactar não apenas a economia dos Estados Unidos, mas também a de outros países, como o Brasil. Os mercados financeiros demonstram sensibilidade a essas mudanças e os investidores estão atentos aos desdobramentos das políticas econômicas americanas para ajustar suas posições de acordo com as perspectivas futuras.

Diante desse cenário desafiador, o Copom reforça a importância de acompanhar de perto os acontecimentos internacionais e seus possíveis reflexos na economia brasileira. As decisões do Fed e as medidas adotadas pelos Estados Unidos têm o potencial de impactar os mercados globais e, portanto, é fundamental para o Brasil manter-se informado e preparado para enfrentar eventuais turbulências decorrentes desse ambiente externo instável.

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