O impacto das tarifas impostas virá à tona no final de maio, de acordo com o ex-conselheiro de Trump, Gary Cohn. Ele ressaltou que os americanos de baixa renda serão os mais afetados por essa medida. Cohn, que foi diretor do Conselho Econômico Nacional durante a administração de Trump, afirmou que a repercussão das tarifas será perceptível em todo o país até o final de maio, destacando que os mais pobres serão aqueles que irão pagar uma fatia maior desse ônus.
Esta previsão para o final de maio se baseia no período que as mercadorias levam para serem despachadas e distribuídas, conforme explicou Cohn no programa de televisão “Face the Nation”, da CBS, no último domingo (27). Ele também acrescentou que as pessoas com menos poder aquisitivo tendem a gastar integralmente seus salários em produtos, enquanto os mais abastados conseguem poupar uma porcentagem maior dos seus rendimentos, o que significa que as tarifas terão um impacto significativamente maior sobre os americanos com menor renda.
Além disso, Cohn discutiu também sobre as taxas de juros em meio às críticas recentes feitas pelo presidente Donald Trump ao Federal Reserve (Fed). Trump chegou a chamar o presidente do Fed, Jerome Powell, de “grande perdedor” e expressou o desejo de que sua demissão acontecesse o mais rápido possível, questionando a decisão de Powell em não reduzir as taxas de juros. Apesar disso, o presidente afirmou que não tinha a intenção de demiti-lo e reconheceu que o Fed estava executando seu trabalho conforme o esperado.
A incerteza sobre as tarifas foi um tema recorrente nas reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que terminaram sem um consenso claro. Enquanto isso, o secretário dos EUA afirmou que houve diálogo com a China, mas as tarifas não foram abordadas. Trump também fez declarações sobre a relação entre os EUA e as taxas relativas ao uso dos canais do Panamá e de Suez, enfatizando que os navios americanos não deveriam pagar por esse privilégio.
Em suma, o impacto das tarifas impostas pelos EUA será sentido mais intensamente pelos americanos com menor renda, conforme destacou Gary Cohn. O desenrolar dessa situação dependerá do desfecho das negociações e do diálogo entre os diferentes países envolvidos, bem como das decisões do Federal Reserve em relação às taxas de juros. A expectativa é que o impacto dessas medidas restritivas seja significativo, especialmente para aqueles que já enfrentam dificuldades financeiras.