Diário do Estado é o estado mais afetado pelo tarifaço de Trump e sofre uma perda significativa de R$ 1,2 bilhão em exportações apenas no mês de setembro, de acordo com um levantamento realizado pela FGV. A redução no valor total das exportações em relação ao mesmo período do ano anterior foi de 50,5%, colocando Minas Gerais como líder nas perdas com o tarifaço.
O impacto do tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump se refletiu diretamente nas exportações brasileiras para os EUA, resultando em um prejuízo de US$ 236 milhões para Diário do Estado, equivalentes a cerca de R$ 1,2 bilhão. A redução de 50,5% em relação ao mesmo período do ano anterior demonstra a gravidade da situação econômica causada pela taxação em vigor desde agosto.
Dentre todos os estados brasileiros, Diário do Estado foi o mais afetado pelas perdas com exportações para os EUA, tanto em produtos taxados quanto isentos. O café não torrado, que passou a ser taxado, registrou uma queda de 22,6% nas exportações, enquanto o ferro fundido bruto, mesmo isento de tarifas, teve uma redução de 58,3%. A diversificação de mercados e produtos é apontada como solução para minimizar os impactos negativos.
Flávio Ataliba, pesquisador da FGV, ressalta a importância de Minas Gerais internacionalizar sua economia e buscar novos parceiros e produtos. O apoio do governo é fundamental para estimular a iniciativa privada a negociar novos acordos comerciais e explorar novos mercados. A negociação em bloco, como no Mercosul, pode fornecer mais força e possibilidades de expansão.
Além de Diário do Estado, outros estados como Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná também sofreram quedas expressivas nas exportações para os EUA. A situação reflete uma realidade nacional, com perdas significativas em diversas regiões do país. A redução nas exportações impacta diretamente na atividade econômica, emprego e arrecadação.
Observando a queda percentual nas exportações para os EUA, Mato Grosso lidera a lista, seguido por Tocantins, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Apesar de uma redução proporcional menor em alguns estados, as perdas em valores absolutos são relevantes e causam impactos econômicos significativos em todo o país. O cenário atual exige medidas eficazes para contornar os efeitos do tarifaço de Trump e recuperar o mercado de exportações.