O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), tem liderado a tramitação de um projeto que pretende modificar a forma de escolha de deputados e vereadores no Brasil através da adoção do voto distrital misto a partir das eleições de 2030. A intenção é barrar o financiamento de campanhas pelo crime organizado e garantir uma representação legislativa eficaz. No entanto, a proposta não é nova, já que foi apresentada pelo ex-senador José Serra (PSDB) em 2017 e ressurgiu após uma megaoperação policial contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Essa ação policial, que resultou em 121 mortes, gerou debates intensos sobre políticas de combate às facções. Três dias após a operação, Motta defendeu o projeto e se comprometeu a promover a discussão no Congresso, destacando a importância da mudança no sistema eleitoral do país, especialmente para as eleições proporcionais. O debate sobre o voto distrital misto conta com a contribuição de especialistas como Otávio Catelano, doutorando em ciência política, e Tathiana Chicarino, cientista política e professora.




