Em 2024, o Brasil importou cerca de US$ 780 milhões em azeite, especialmente de Portugal e Espanha, que responderam por mais de 75% do volume total. O azeite de oliva se destacou como o item com o maior impacto fiscal, visto que o governo arrecadou mais de R$ 400 milhões em imposto de importação sobre esse produto. No entanto, após a aprovação da Camex, o azeite passará a ser isento desse tributo, o que deve incentivar ainda mais a importação desse produto.

De acordo com dados do Siscomex, as importações de azeite de oliva no Brasil em 2024 corresponderam a cerca de R$ 4,52 bilhões, considerando a cotação atual do dólar. O imposto de importação sobre esse valor foi de 9%, resultando em uma arrecadação de aproximadamente R$ 407 milhões. Com a isenção desse imposto, é esperado que o mercado de azeite de oliva se expanda ainda mais no país.

Além do azeite de oliva, a carne bovina também se destaca na pauta de importação de alimentos. As importações de carnes bovinas desossadas e não desossadas congeladas, frescas ou refrigeradas totalizaram US$ 305 milhões em 2024, o equivalente a cerca de R$ 1,7 bilhão com o câmbio atual. Com uma alíquota média de 10,8%, o Imposto de Importação sobre esse produto resultou em uma arrecadação de aproximadamente R$ 191,5 milhões.

Dentre os demais itens anunciados pelo governo com imposto zero, estão o açúcar, biscoitos, café, massas alimentícias, milho e sardinha. Essa medida visa estimular a importação desses produtos, favorecendo não apenas os consumidores finais, mas também a cadeia de produção e distribuição de alimentos no país. Com a redução ou eliminação de impostos sobre esses itens, é esperado que haja um aumento significativo no volume de importações e uma maior diversificação na oferta de alimentos no mercado nacional.