O endividamento das famílias brasileiras chegou a marca de 79,3% em abril de 2023, apresentando alta de 0,77% ante o mesmo mês do ano passado, quando o índice ficou em 77,7%. No entanto, a taxa é a mesma registrada em março passado.
Segundo os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgados nesta quinta-feira, 4, o percentual de endividamento em 78,3% deverá se manter pelos próximos dois meses, subindo para 78,4% em julho.
A pesquisa indica que a parcela de inadimplentes (que têm contas ou dívidas em atraso), chegou a 29,1% das famílias brasileiras, recuando dos 29,4% de março, mas ainda acima dos 28,6% de abril de 2022. O aumento ocorreu principalmente na classe média.
Aqueles que não terão condição de pagar suas dívidas somaram 11,6%, percentual superior aos 11,5% de março e aos 10,9% de abril do ano anterior.
Crédito pessoal
A cada 100 consumidores inadimplentes em abril, 45 estavam com atrasos por mais de três meses. Segundo a Peic, muitos consumidores têm recorrido ao crédito pessoal, modalidade em que os juros tiveram o menor crescimento (média de 42% ao ano), para pagar dívidas mais caras, como do cartão rotativo.
Do total de consumidores endividados, 86,8% têm dívidas no cartão de crédito e 9% com crédito pessoal.