Inadimplência: 88,6% das empresas endividadas são de pequeno porte

Inadimplência: 88,6% das empresas endividadas em março são de pequeno porte

Os micro e pequenos negócios (MPEs) representaram mais de 88,6% das empresas inadimplentes em março. Ao todo, 6,5 milhões de empresas brasileiras estão endividadas, sendo que 5,76 milhões são compostas por MPEs, segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian

Na relação anual, que compara março deste ano com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 4,5% na negativação dos empreendimentos desses portes. O segmento que estava mais presente na inadimplência de micro e pequenas empresas foi o de “Serviços”, que representou 52,7% do total. 

Os negócios do “Comércio” também tiveram uma participação significativa, equivalendo a 38,9% das MPEs negativadas. Em seguida, estava a “Indústria” (7,8%) e a categoria “Demais” (0,5%), que contempla empreendimentos “Primários”, “Financeiros” e do “Terceiro Setor”.

“Atrelados a um cenário econômico ainda instável, os empreendimentos de portes menores são mais suscetíveis à inadimplência. Isso porque, geralmente, possuem menos fluxo de caixa e reservas financeiras reduzidas para arcar com emergências”, explica o vice-presidente de pequenas e médias empresas do Serasa Experian, Cleber Genero.

Empresas por regiões 

A análise regional mostrou que o Sudeste foi a região registrada com o maior número de micro e pequenos negócios inadimplentes (3.051.029). O Nordeste ficou em segundo lugar (966.236), seguido pelo Sul (937.695), Centro-Oeste (502.879) e Norte (307.391).

“Essas empresas também contam com muitos empreendedores de primeira viagem, que ainda não possuem um quadro financeiro totalmente estável dentro do mercado e acabam se endividando. Dessa forma, entendemos que cultivar o controle econômico é fundamental para os donos de negócios e que, para isso, é necessário adequar-se de tempos em tempos, utilizando boas estratégias de planejamento, educação financeira e renegociação de dívidas quando for o caso”, finaliza Cleber Genero.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp