Incêndio em edifício residencial em Londres deixa vários mortos e 50 feridos

O incêndio no edifício residencial Grenfell, de 27 andares em Londres, deixou nesta quarta-feira (14) vários mortos e pelo menos 50 feridos. A causa do fogo ainda é desconhecida, confirmou a representante dos serviços de bombeiros da capital, Dany Cotton. A informação é da Agência EFE.

Em declaração à imprensa, Cotton não pôde dizer ainda o número exato de mortos em consequência do incêndio, de enormes dimensões, que começou às 0h15 (horário local, 21h15 de terça-feira em Brasília) na torre Grenfell, entre o bairro de Kensington e Notting Hill.

“Trata-se de um incidente sem precedentes. Nos meus 29 anos como bombeiro, nunca vi nada dessa magnitude”, afirmou Cotton sobre o acidente. Cerca de 200 bombeiros, com o uso de 40 caminhões, trabalham no local.

O serviço de ambulâncias confirmou que pelo menos 50 pessoas ficaram feridas e tiveram que ser levadas a cinco hospitais da capital britânica.

Segundo o líder do distrito de Kensington e Chelsea, Nick Paget-Brown, no momento em que começou o incêndio, havia no edifício “centenas de pessoas”, mas esse número ainda não foi confirmado pelas autoridades.

Pelo menos 20 ambulâncias foram enviadas às imediações do edifício, que conta com 120 apartamentos nos quais se estima que viviam cerca de 500 pessoas, muitas delas famílias jovens.

A Polícia Metropolitana de Londres informou, em sua conta no Twitter, que várias pessoas estão sendo atendidas devido a ferimentos diversos e à inalação de fumaça, ao mesmo tempo em que se tenta resgatar as que ainda continuam dentro da torre.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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