Incêndio em pousada mata dez pessoas e deixa outras 11 feridas, em Porto Alegre

Um incêndio de grandes proporções em uma pousada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, deixou 11 pessoas feridas e outras 10 mortas na madrugada desta sexta-feira, 26. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 2h e o fogo foi controlado por volta das 5h. Autoridades apontam que o local recebia pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A pousada fica na Avenida Farrapos, entre as ruas Garibaldi e Barros Casal, no sentido Centro-bairro. Bombeiros apontaram que, no primeiro andar do prédio, foram encontradas duas vítimas. No segundo, cinco, e no terceiro, outras três.

Além dos mortos, onze pessoas ficaram feridas no incêndio. Oito delas precisaram de atendimento médico e foram levadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para hospitais da região. Outras receberam atendimento no Hospital Cristo Redentor.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), duas das vítimas estão internadas em estado grave e entubadas. Outra, também grave, teve 20% do corpo queimado. Existe ainda outra vítima que fraturou uma perna.

Causa do incêndio

Até o momento, o Corpo de Bombeiros não conseguiu definir o que teria causado o incêndio. A corporação avaliou que as chamas se alastraram rapidamente pois os quartos da pousada são muitos próximos, o que também poderia ter dificultado para que as pessoas saíssem do local.

Os bombeiros informaram que a pousada funciona de forma irregular, não tinha alvará ou plano de proteção contra incêndio.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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