Incêndio na Chapada dos Veadeiros é controlado

O fogo que atingia a área de visitação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, foi controlado, mas novo foco surgiu perto do município de Alto Paraíso, em área recentemente incorporada ao parque, que continua fechado. Ainda não há previsão sobre a reabertura do parque para visitas.

“O incêndio que estava próximo e chegou à área de administração do parque está controlado, mas não significa dizer que está extinto. Tem equipes fazendo tanto o monitoramento, para evitar que a chama reacenda, quanto o combate a esse incêndio na área nova de expansão do parque”, disse o chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Fernando Pattagiba.

Segundo Pattagiba, ainda não se pode afirmar com certeza quais foram as causas do incêndio, mas é possível que tenha sido causado pelo homem. “Incêndios no Cerrado são muito comuns nesta época do ano, mas pode-se dizer que a maioria esmagadora é de incêndios criminosos [causados pelo homem], acidentais ou não”, afirmou Pattagiba. “A maioria do fogo natural está concentrada em outra época do ano. Os principais fatores de ignição são os raios, no período chuva. Este incêndio agora, apesar do fogo fazer parte do cerrado, não é natural”, acrescentou.

O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi criado em 1961 e, em 2001, declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O limite de visitação diária do parque é de 500 pessoas. A estimativa é que o local tenha perdido 2 mil visitantes neste feriado.

Fernando Pattagiba ressaltou que as queimadas causadas pelo homem têm impacto negativo tanto para o ecossistema quanto impactos sociais e econômicos. “A região da Chapada tem no turismo importante fonte de renda e ter o parque fechado em um feriadão como este, com expectativa grande de visitação, gera um prejuízo importante para comunidade local”.

Segundo Pattagiba, o último incêndio dessa magnitude que atingiu a área de visitação do parque ocorreu há sete anos. Já a área de Alto Paraíso registrou incêndios também no ano passado. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do manejo integrado do fogo, trabalha com ações para conscientizar a população, principalmente as comunidades do entorno, para prevenir incêndios.

As informações são da Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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