Incêndio na UFRJ atinge documentos do século XIX

Na manhã desta terça-feira (20), um incêndio atingiu o segundo andar da reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão.  Segundo informações da universidade, o fogo começou em um aparelho de ar condicionado e já foi controlado pelos bombeiros, que afirmam não haver feridos no incidente.

De acordo com Thiago Gonçalves, professor e astrônomo do Observatório do Valongo da UFRJ, haviam documentos do século XIX no local do incêndio, ele postou em seu perfil no Twitter uma foto mostrando alguns funcionários do prédio colocando os documentos para secar no chão. Thiago comentou também que houve um corte de R$ 70 milhões no orçamento da universidade para o ano letivo de 2021.

A UFRJ informou que “abrirá imediata sindicância para apurar o incidente e um projeto básico para prevenção e combate a incêndios, elaborado pelo Escritório Técnico da Universidade (ETU), aguarda orçamento do governo federal para aplicação”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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