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Incêndio no DF: Mãe mata filha para se vingar do ex-marido

Última atualização 07/03/2023 | 09:42

A menina de 5 anos que foi encontrada morta dentro de um apartamento, no 11º andar do Residencial Itamaraty, em Brasília, foi morta estrangulada pela própria mãe, de 32 anos, cerca de seis horas antes da mulher atear fogo no imóvel. Segundo a Polícia Civil do DF (PC-DF), Zenaide Rodrigues de Souza, premeditou o assassinato da menina, a fim de se vingar do ex-marido por ter terminado o relacionamento com ela há um ano.

Uma série de provas colhidas pelos investigadores apontam que a mulher tentou simular uma história para ocultar o assassinato da criança. Para a PC, o objetivo de Zenaide era tentar apagar todas as provas do homicídio ao provocar um incêndio no apartamento. 

“A porta do quarto da menina estava trancada por fora. Ela já havia sido morta entre quatro e seis horas antes. Zenaide queria que o corpo da filha fosse carbonizado e uma carta de despedida que ela escreveu virasse cinzas. O objetivo era deixar que tudo transparecesse ter sido um acidente”, afirmou o delegado Mauro Aguiar ao Metrópoles.

Morte em incêndio

O delegado explicou que o pai da menina, que não vivia mais com Zenaide, perdeu o pai recentemente em um incêndio. 

“A ex-mulher buscou uma forma de punir duas vezes o antigo companheiro, fazendo ele relembrar a morte do pai e ainda ter que lidar com a morte da filha em condições semelhantes”, relatou Mauro Aguiar.

O delegado disse ainda que Zenaide teria tentado simular um “teatro”, na intenção de provar a própria inocência. 

“A carta que ela deixou foi muito esclarecedora e serve como prova irrefutável que ela matou a própria filha para se vingar do ex-companheiro. Esse teatro de mãe arrependida não nos convence. É difícil acreditar que existam pessoas capazes de fazer algo assim com o próprio filho”, explicou.

Incêndio

As chamas começaram em uma das torres do condomínio, por volta da 1h desta segunda-feira (6/3). Zenaide passou de uma sacada para outra, na tentativa de fugir do incêndio. O caso é investigado pela 17ª Delegacia de Polícia  de Taguatinga Norte.