Um incêndio que já dura três dias no Parque Estadual dos Pirineus (PEP) em Goiás devastou, até a tarde de quinta-feira, 19, cerca de 783 hectares de vegetação. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) e brigadistas contratados pelo Estado estão atuando incansavelmente no combate às chamas, que tiveram início na terça-feira, 17. As autoridades suspeitam que o fogo tenha sido provocado por ação criminosa, e investigações já estão em curso.
O incêndio está dividido em duas frentes principais, uma dentro e outra fora do parque, mas outras áreas seguem em alerta devido ao risco de reignição. A situação é agravada pelos fortes ventos e pela grande quantidade de material combustível acumulado no parque, que não havia registrado incêndios significativos nos últimos cinco anos. A secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, reforçou a gravidade da situação, pedindo que a população local colabore com informações sobre os responsáveis pelos incêndios criminosos. “Mais focos foram ateados à noite, dificultando ainda mais nosso trabalho. Precisamos da ajuda de todos para identificar quem está causando isso”, declarou em um vídeo divulgado nas redes sociais.
No momento, cerca de 22 pessoas estão no combate ao fogo, mas esse número deve triplicar até o fim de sexta-feira, 20, com a chegada de alunos do curso especializado de prevenção e combate a incêndios florestais do Corpo de Bombeiros. Brigadas de outras regiões do Estado também foram deslocadas para reforçar as operações.
Além da destruição causada por este incêndio, o parque já havia sido afetado por outro fogo em agosto, elevando o total da área queimada em 2023 para 921 hectares, o que representa 32% da unidade de conservação. O Parque dos Pirineus segue fechado para visitação e ainda não há previsão para sua reabertura.